Prosecraft: o novo atrito entre IA e escritores

O avanço da inteligência artificial tem gerado muitos atritos com autores que reclamam do uso de seus livros sem permissão para treinar a tecnologia. O mais recente caso foi da Prosecraft, um projeto que compilou mais de 27 mil livros, comparando, classificando e analisando as produções com base na “vivacidade” de sua linguagem. O site foi tirado do ar após reclamações de escritores que tiveram seus livros carregados e digitalizados na plataforma sem autorização.

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O caso Prosecraft

• A decisão de encerrar o Prosecraft, que existia desde 2017, foi tomada pelo próprio criador da plataforma, Benji Smith, segundo informações do TechCrunch.
• A ferramenta não era exatamente uma IA generativa, mas os autores temiam que pudesse se tornar uma, já que ela havia acumulado um conjunto de dados de um quarto de bilhão de palavras de livros publicados, inclusive os mais recentes, com menos de um mês, para treinar o seu modelo.
• O sistema mostrava dois parágrafos de um livro, um “mais passivo” e outro “mais vívido”.
• Em seguida, criava rankings classificando as obras.
• “Como eu estava publicando apenas estatísticas resumidas e pequenos trechos do texto desses livros, acreditei que estava honrando o espírito da doutrina do fair use, que não requer o consentimento do autor original”, escreveu Smith.

IA contra escritores

• Para artistas e escritores, a recente proliferação de ferramentas de IA tem sido um pesadelo.
• Diariamente alguém se depara com o uso de livros para treinar a tecnologia sem autorização.
• “É praticamente a norma, pelo que posso dizer, que esses sites e projetos façam o que estão fazendo primeiro e depois esperem que ninguém perceba e depois desapareçam ou fiquem na defensiva quando inevitavelmente o fazem”, disse a autora Ilana Masad.
• A IA generativa e a tecnologia por trás da autopublicação criaram uma tempestade perfeita para atividades fraudulentas.
• A Amazon foi inundada com guias de viagem de baixa qualidade e até mesmo livros infantis gerados por IA.
• “Prefiro ver meus livros serem pirateados do que isso”, desabafou a autora Jane Friedman.

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