Programa permite descer fora do ponto de ônibus durante a noite

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Às 2 da manhã, Francisca Rosângela Forte, de 40 anos, deixa o trabalho em um bar no Itaim Bibi, na zona oeste da capital paulista. Pega um ônibus até o Jardim Noronha, bairro do distrito do Grajaú, na zona sul. A viagem dura mais de uma hora, e ela é sempre a última a desembarcar do veículo. “O ônibus leva muita gente, principalmente mulheres, que vão descendo no Jardim Varginha, na Vila São José, no Jardim Icaraí”, ela conta.

Nesse horário de ruas vazias, o motorista deixa cada uma das passageiras o mais perto possível de suas casas, desde que o lugar esteja dentro do trajeto regular da linha. “Ele é muito atencioso, nos espera entrar em casa em segurança antes de prosseguir”, diz Francisca.

O motorista segue as orientações do programa Desembarque Especial para Mulheres, da prefeitura de São Paulo. Previsto pela Lei 16.490/16, regulamentada pelo Decreto Municipal 57.399/16, ele estabelece que, das 22 às 5 horas, mulheres, idosos, travestis e mulheres transexuais podem desembarcar no local mais seguro e acessível, mesmo que não seja um ponto de parada oficial. Com exceção para áreas perigosas para pedestres, em especial os corredores exclusivos, além de pontes, viadutos e túneis.

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A linha noturna é outro grande diferencial para ela, que trabalha no Itaim Bibi e mora no GrajaúAbril Branded Content

“Eu entro no trabalho às 18 horas e saio às 2 horas. Estou no emprego há três anos e nunca vi acontecer nenhum incidente com passageiros”, comenta Francisca. “Moro com meus pais, que já são idosos, e com meu filho. Eles ficam tranquilos sabendo que o ônibus vai me deixar praticamente na porta de casa.”

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Para ela, o fato de existir uma linha de ônibus que faça o percurso durante a madrugada é outro diferencial importante. “Quando entrei no emprego, achei que teria que esperar no terminal até o horário dos ônibus comuns. A linha noturna é um grande serviço da prefeitura para muita gente que precisa se deslocar no meio da madrugada.”

Atendimento especial

No caso de travestis e mulheres transexuais, basta declarar a identidade de gênero, independentemente da informação disponível no documento da passageira. Para facilitar a orientação a motoristas e passageiros, todos os ônibus da cidade vêm recebendo adesivos explicando o programa.

Conheça mais histórias inspiradoras em mulheres.prefeitura.sp.gov.br.



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