Produção industrial recua 1,1% em 2019 após dois anos de alta

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A produção da indústria do Brasil recuou 1,1% em 2019, após avançar tanto em 2017 (2,5%) quanto em 2018 (1%), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgados nesta terça-feira, 4.

Os efeitos da tragédia de Brumadinho (MG) em janeiro do ano passado ajudaram a derrubar a produção da indústria extrativa, que puxou o resultado negativo anual, explicou o gerente da Pesquisa Mensal da Indústria, André Macedo. Ele ressalta que, se o setor extrativo (-9,7%) fosse retirado do cálculo, a variação da produção industrial seria de 0,2% positivo no ano.

Houve contribuições negativas também de metalurgia (-2,9%), celulose, papel e produtos de papel (-3,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,1%), outros equipamentos de transporte (-9,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,7%), produtos de madeira (-5,5%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-3,7%) e produtos de borracha e de material plástico (-1,5%).

Segundo o IBGE, o impacto das incertezas no ambiente externo – com um ano de guerra comercial entre China e EUA e a deterioração da situação econômica da Argentina, um de nossos principais compradores, prejudicaram setores. “A situação do mercado de trabalho no país que, embora tenha tido melhora, ainda afeta a demanda doméstica”, disse Macedo. O Brasil encerrou 2019 com 11,6 milhões de pessoas ainda sem ocupação.

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Do lado positivo da balança do ano, está a produção de bens de consumo, tanto duráveis quanto não duráveis, que foi afetado, segundo o IBGE, pela ligeira recuperação do mercado de trabalho e a liberação de saques do FGTS. As altas mais significativas para o resultado do ano vieram de produtos alimentícios (1,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), produtos de metal (5,1%) e bebidas (4,0%).

Dezembro

Em dezembro, a produção da indústria caiu 0,7%, na segunda taxa negativa seguida – acumulando queda de 2,4% nos últimos dois meses do ano. Foi o pior resultado para o bimestre desde 2015, quando houve queda de 2%. Também houve queda em comparação ao mesmo mês de 2018, de 1,2%. “Com esses resultados, o setor industrial recuou tanto no fechamento do quarto trimestre de 2019 (-0,6%), como no acumulado do segundo semestre do ano (-0,9%), contra iguais períodos do ano anterior”, diz o instituto.

Na queda de 0,7% da atividade industrial na passagem de novembro para dezembro de 2019, três das quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados mostraram redução na produção.

Resultado negativo

Na véspera, a Confederação Brasileira da Indústria (CNI), divulgou que o faturamento do setor caiu  0,8% em relação a 2018, devido a uma retomada ainda não muito clara da economia e a necessidade de continuidade da agenda reformista.  As horas trabalhadas acumularam queda de 0,5%, tendo sido positivas apenas em três meses. 

 



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