Prefeitura homologa tombamento de nove obras do arquiteto Vilanova Artigas

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A Prefeitura de São Paulo homologou no sábado (23) o tombamento de nove projetos modernistas do arquiteto João Vilanova Artigas. Dentre os imóveis, construídos a partir da década de 40, estão casas, uma escola e o estádio Cícero Pompeu de Toledo, do São Paulo Futebol Clube.

O tombamento foi decidido em reunião do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) em março de 2018, período em que mais de setenta obras modernistas também foram tombadas, com projetos ligados a nomes como Paulo Mendes da Rocha e Oswaldo Arthur Bratke.

A decisão considerou a contribuição de Vilanova Artigas, morto em 1985, “tanto no âmbito e sua produção individual como arquiteto como no seu papel de professor e ainda de militante no IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil, na UIA – União Internacional dos Arquitetos e na atuação política de modo amplo”.

A resolução de tombamento ressalta a necessidade de “salvaguardar” os imóveis para “as sociedades futuras”. Além disso, destaca o “evidente reconhecimento no âmbito da cultura arquitetônica local, nacional e internacional” das obras.

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A decisão recai sobre o estádio do Morumbi, na Zona Sul, que deverá preservar a volumetria e outras características do projeto original, o que inclui o prédio dos vestiários do São Paulo Futebol Clube. Além dele, foi tombado o Colégio 12 de Outubro, no Alto da Boa Vista, na zona sul.

As residências tombadas são: Casa Vilanova Artigas I e II, no Campo Belo, Zona Sul; Casa Rio Branco Paranhos, no Pacaembu, Zona Oeste; Casa Rubens de Mendonça, em Sumaré, também Zona Oeste; Casa Mendes André, na Vila Mariana, Zona Sul; Casa Elza Berquó, na Chácara Monte Alegre, Zona Sul; Casa Telmo Porto, na Água Branca, Zona Oeste; e conjunto de quatro casas geminadas da Rua Sampaio Vidal, nos Jardins.

Dentre outros projetos conhecidos do arquiteto estão o prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e o Edifício Louveira, em Higienópolis, centro expandido, que também são tombados.

Com a decisão, intervenções nas edificações tombadas precisão ser analisadas pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) e autorizadas pelo Conpresp.



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