Quem nunca sentiu o famoso “nó na garganta” em um momento de emoção intensa, como ao tentar segurar o choro? Essa sensação desconfortável é bastante comum e, embora pareça algo puramente emocional, tem explicações fisiológicas e psicológicas bem definidas.
Neste artigo, vamos explorar os motivos por trás desse incômodo fenômeno.
Como o nó na garganta se forma
Segundo o otorrinolaringologista Paulo Pontoni, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), essa sensação ocorre principalmente quando choramos ou tentamos conter o choro. Durante esse esforço, há um aumento involuntário da tensão muscular na região do pescoço e da garganta.
A laringe, estrutura situada acima da traqueia e responsável por funções como a respiração e a produção da voz, acaba sendo comprimida por essa tensão. Como a laringe precisa se mover livremente durante a deglutição, essa compressão dificulta o movimento e gera a incômoda sensação de que há uma “bola” ou um “nó” na garganta.
Emoções e reações químicas
Em momentos de estresse ou emoção intensa, o corpo libera substâncias químicas chamadas catecolaminas, como a adrenalina e a noradrenalina. Elas preparam o organismo para reagir a situações desafiadoras, mas também impactam diversas funções corporais, incluindo a musculatura da garganta.
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Por isso, além do “nó”, é comum surgir boca seca, voz embargada, dificuldade para falar e a sensação de garganta fechada. Tudo isso faz parte da resposta natural do corpo a estímulos emocionais.
Nome técnico: globo faríngeo
Na medicina, o nome técnico do “nó na garganta” é globo faríngeo (ou globus hystericus). É importante destacar que essa sensação não está relacionada à presença real de um nódulo físico. Trata-se de uma percepção subjetiva, sem obstruções anatômicas detectáveis.
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Entre as causas médicas associadas ao globo faríngeo, estão:
- Tensão muscular: comum em momentos de emoção intensa.
- Estresse e ansiedade: que aumentam a frequência da deglutição a seco e tensionam os músculos da faringe.
- Refluxo gastroesofágico: o ácido estomacal pode irritar a garganta e provocar essa sensação.
- Alterações físicas: em casos mais raros, condições como problemas na tireoide, infecções ou tumores podem gerar sintomas semelhantes. Nesses casos, costumam aparecer outros sinais, como dor persistente, rouquidão ou perda de peso.
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O que a psicologia diz sobre o nó na garganta
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Além das explicações fisiológicas, a psicologia também analisa essa sensação. Abordagens como a psicossomática e a psicologia somática interpretam o nó na garganta como reflexo de dificuldades em expressar sentimentos, muitas vezes ligados a medo, insegurança, vergonha ou autoanulação.
Em contextos terapêuticos, ele pode ser um sinal de emoções contidas, conflitos internos ou a necessidade de dizer algo importante que foi reprimida por pressões externas ou autocensura.
Esse fenômeno é frequentemente observado em casos de ansiedade, depressão e estresse, nos quais o acúmulo de emoções não expressas pode gerar sintomas físicos. Também pode aparecer em pessoas que enfrentam dificuldade para se posicionar, impor limites ou expressar suas necessidades.
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Na psicanálise, Freud chamou o fenômeno de “globus histérico”. Ele associava a mecanismos de defesa como a repressão, em que emoções são mantidas fora da consciência, mas acabam se manifestando por meio de sintomas físicos. Já abordagens mais contemporâneas, como a psicologia somática, reforçam a importância de reconhecer e liberar essas emoções para aliviar o desconforto corporal.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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