Polêmica: Levi’s usará IA para gerar modelos de roupas e “ampliar diversidade”

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A Levi’s começará a testar modelos de roupas gerados por inteligência artificial ainda este ano, em uma tentativa de diversificar a experiência de compras online da icônica empresa. O experimento planejado foi revelado na semana passada, juntamente com a parceria da Levi’s com a Lalaland.ai, um estúdio de moda digital que cria modelos realistas de moda gerados por AI.

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A notícia gerou críticas, levando a Levi’s a esclarecer seu uso de AI para promover a diversidade poucos dias depois. Atualmente, a maioria dos produtos anunciados no aplicativo ou site da Levi’s pode ser vista apenas em um único modelo de roupa.

Os modelos de roupas gerados por AI criados por essa parceria poderiam ser mais inclusivos em relação as mais diferentes pessoas, permitindo que os clientes vejam como uma peça de roupa ficaria em diversos modelos de diferentes tipos de corpos, idades, tamanhos e tons de pele. Em teoria, isso ajudaria os consumidores que ficam frustrados quando as peças de roupa não são modeladas em um corpo que se assemelha ao seu próprio.

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Modelos gerados por IA para promover a diversidade é mais “sustentável”

Embora pareça ótimo no papel, o anúncio original deixou várias questões sem resposta. A Levi’s não disse em quais plataformas os modelos de IA estarão disponíveis ou se os modelos em si seriam personalizáveis pelo usuário. A empresa também afirmou que isso seria mais “sustentável”, mas não explicou como.

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Imagens geradas com o prompt “autorretrato de uma Inteligência Artificial” / Imagem: Nick Ellis (Midjourney v4)

Também levantou a questão de quantos modelos reais seriam afetados pelo experimento. A Levi’s tem tentado reduzir os custos operacionais e economizar dinheiro nos últimos anos, demitindo 800 funcionários em 2022 e 700 em 2020.

Inicialmente, a Levi’s disse que não via os modelos gerados por AI como “a única solução” para promover a diversidade, equidade e inclusão e que não pretendia substituir modelos reais pela tecnologia. Em vez disso, a empresa afirma que os modelos gerados por AI seriam “um complemento aos modelos humanos” para criar uma experiência de compra mais “pessoal” para seus clientes.

“Embora a IA provavelmente nunca substituirá completamente os modelos humanos para nós, estamos animados com as possíveis capacidades que isso pode nos proporcionar para a experiência do consumidor”, disse Amy Gershkoff Bolles, chefe global de estratégia digital e tecnologia emergente da Levi Strauss & Co.

“Não vemos este piloto como um meio para avançar na diversidade”

A Levi’s respondeu então às preocupações sobre seus planos para AI e sua promoção como uma ferramenta para a diversidade:

Nosso recente anúncio de parceria com a Lalaland.ai não representou corretamente certos aspectos do programa. Por isso, assumimos a responsabilidade. Não vemos este piloto como um meio para avançar a diversidade ou como um substituto para a ação real que deve ser tomada para alcançar nossos objetivos de diversidade, equidade e inclusão e não deveria ter sido retratado como tal.

Percebemos que há uma sensibilidade compreensível em relação às tecnologias relacionadas à IA e queremos esclarecer que este piloto é algo que estamos programando para experimentar ainda este ano, na esperança de fortalecer a experiência do consumidor. Atualmente, os padrões do setor para uma sessão de fotos geralmente se limitam a um ou dois modelos por produto. A tecnologia da Lalaland.ai, e a IA em geral, pode potencialmente nos ajudar a publicar mais imagens de nossos produtos em uma variedade de tipos de corpos mais rapidamente.

Resposta oficial da Levi’s sobre o uso de IA para gerar modelos de roupas

A Levi’s afirmou em sua nova declaração que a empresa não planeja reduzir seu uso de modelos reais ou sessões de fotos ao vivo. Também reconheceu que sua parceria com a Lalaland “não deveria ter sido confundida” com seus compromissos de diversidade, equidade e inclusão.

Outras empresas adotaram tecnologia de realidade aumentada (AR) para ajudar os consumidores a visualizar como as roupas ficariam em seus próprios corpos. Em setembro passado, o Walmart lançou sua experiência Be Your Own Model que permite aos usuários experimentar virtualmente roupas usando suas próprias fotografias e tecnologia de AR. A Amazon Fashion também se associou ao Snap no ano passado, fornecendo aos usuários do Snapchat a capacidade de experimentar virtualmente óculos de sol e de marca usando filtros de AR.

Fonte: The Verge

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