PMs que atuavam no dia da morte de pedreiro não participam da reconstituição

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Após quase dois meses da morte do pedreiro e José Pio Baía Junior, de 45 anos, na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, durante uma operação do 14º BPM (Bangu), a Polícia Civil fez na manhã desta quarta-feira a reprodução simulada do caso. O pedreiro trabalhava em uma laje quando foi atingido por um tiro de fuzil.

Marcada para às 10h, a reprodução começou com mais de uma hora de atraso. Parentes do pedreiro, acompanhados por representantes do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), do Ministério Público do Estado, participaram da reprodução.

Nenhum dos seis policias militares do Grupamento de Ações Táticas (GAT), do batalhão de Bangu que estavam na ação, no dia da morte de Júnior, participaram da ação.

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‘Nem socorro os PMs prestaram’, diz dono da casa onde pedreiro trabalhava ao ser morto

A reprodução começou na Avenida Brasil, na altura do número 35.093, e seguiu por cerca de 100 metros até a rua Gana, onde o pedreiro foi alvejado. Durante todo o tempo uma testemunha apontava o local onde os PMs estavam e por onde eles percorreram.

Um policial civil simulou o momento que José Baía foi atingido. Na laje, os investigadores também procuraram por possíveis marcas de tiros.

Um veículo blindado da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e agentes da 34ª DP (Bangu) ajudaram na segurança dos agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Ao todo, 60 policias participaram da ação.

De uma casa de frente onde José foi atingido, parentes e amigos acompanharam o trabalho da polícia.

Janilson dos Reis Baia, 43, pedreiro e irmão de José Pio, afirma que o disparo que acertou o irmão partiu da arma dos policias. Ainda de acordo com o homem, os agentes que estavam na ação no dia da morte do irmão continuam fazendo operação na comunidade.

— Não temos dúvidas que quem matou o meu irmão foi um PM. Ele foi morto pelas costa com um tiro dado pela polícia. Foi um tiro que entrou pelas costas e saiu pelo pescoço — diz o familiar. — Essa pessoa tem que ser retirada das ruas. Ela está com a mesma arma (do dia que matou José Pio). Do jeito que ela tirou a vida do meu irmão ela pode tirar a vida de outro pessoa daqui da comunidade.

Familiares do pedreiro estão confiantes que a polícia identificará o agente que disparou no homem. Moisés Domingues Couto, 43, dono da obra e amigo de José Pio, afirma que a obra do seu estabelecimento está parada desde o dia do crime.

— A obra está parada. Eles demoraram tanto que tive que fazer a laje, porque estava molhando tudo lá dentro — diz Moisés.

O comerciante conta que havia acabado de descer da laje quando o amigo foi atingido.

— Eles atiraram em um pedreiro sem camisa. Dava para ver quem estava trabalhando. Ele abaixou para pegar o martelo e foi atingido. Escutei pelo menos 14 disparos e sai gritando ‘é trabalhador, é trabalhador’. Quando eu cheguei lá em cima o Juninho já estava sem vida — completou.





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