PM vai investigar agentes envolvidos em agressão a dirigente do PT

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A Polícia Militar vai instaurar um inquérito para investigar a conduta de dois agentes que aparecem no vídeo agredindo um dirigente do PT de Atibaia, no interior de São Paulo.

Em nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública nesta segunda-feira (4), Geovani Doratiotto foi parar na delegacia da cidade por ter “agredido pessoas” em um bloco de Carnaval da cidade, no domingo (3).

Doratiotto apareceu em um vídeo recebendo uma chave de braço de PM. Na gravação, é possível ouvir um estalo quando o petista recebia o golpe. Mulher dirigente do PT, Pham Dal Bello escreveu no Facebook que o PM quebrou o braço de Doratiotto. “Quebraram o úmero dele e ele perdeu o movimento dos dedos”, disse ela. 

O dirigente do PT vestia uma camiseta com a mensagem “Lula Livre”, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril de 2018 após ter sido condenado no processo do caso tríplex do Guarujá. 

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A versão da secretaria é diferente da usada pela vítima. A mulher do dirigente petista escreveu ainda na rede social que os dois é que foram agredidos por um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no bloco de Carnaval. De acordo com o relato dela, o casal foi até a delegacia prestar queixa. Junto ao texto, Pham publicou fotos do dirigente petista com os olhos roxos e um corte no rosto.

“Fomos interceptados por bolsominions. Geovani vestia uma camiseta do Lula. Fomos xingados e ofendidos da maneira mais raivosa possível”, postou Pham. “Quando viramos para ir embora, um deles deu um murro no olho do Geovani. E os outros pularam em cima dele da maneira mais covarde, segurando o cabelo dele e pressionando o rosto contra o chão. Chutes na cabeça e nas costelas”.

A reportagem telefonou para a delegacia de Atibaia onde tudo aconteceu. Um policial, que não quis se identificar, disse que os funcionários foram proibidos de dar qualquer informação sobre o caso. Segundo ele, a situação foi “complicada”, porque “as pessoas usam muita droga e muito álcool”.

Em entrevista ao portal UOL, o ouvidor da Polícia Militar, Benedito Mariano, disse que os militares ficarão afastados até o fim da investigação.





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