Um novo plástico elétrico criado com peptídeos e polímeros pode revolucionar as tecnologias atuais de wearables, implantes e sistemas de interface neural. O material foi detalhado recentemente em um artigo na revista Nature, e promete armazenar energia e registrar informações.
Entenda:
- Um plástico elétrico pode revolucionar a criação de wearables, implantes e sistemas de interface neural;
- O material criado por uma equipe da Northwestern University combina fluoreto de polivinilideno (PVDF) – um plástico macio com propriedades ferroelétricas – e peptídeos;
- O processo de automontagem é ativado com água, e cria um material condutor flexível;
- Uma das possíveis aplicações do plástico é no estímulo de neurônios para tratar paralisia crônica;
- A equipe acredita que a criação ainda possa ir além do PVDF.
Pesquisadores da Northwestern University tiveram como ponto de partida o fluoreto de polivinilideno (PVDF), plástico macio comumente usado em eletrônicos. O material, entretanto, tem propriedades ferroelétricas (polarização espontânea em contato com um campo elétrico externo) bastante instáveis.
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Plástico elétrico pode tratar paralisia crônica
Para melhorar a estabilidade do fluoreto de polivinilideno, a equipe combinou peptídeos a pequenos segmentos de PVDF, criando longas fitas de um material condutor flexível. Tudo isso com um processo de automontagem que usa apenas água para ser ativado.
Comparado a outros materiais ferroelétricos, o novo plástico demanda 100 vezes menos voltagem para alternar sua polarização, além de reter suas propriedades em temperaturas de até 110°C. Como explica Samuel Stupp, líder do estudo, à Science, uma das aplicações do plástico é no estímulo de neurônios para tratar paralisia crônica.
Até o momento, o plástico elétrico só passou por avaliações em pequena escala, mas Stupp já se mostra otimista. “Este artigo tem um conceito muito mais amplo do que apenas PVDF. Provavelmente há outras possibilidades.”
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