Pizza Hut: a guerra das pizzas para conquistar o brasileiro

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O novo comando da Pizza Hut já começou a fazer mudanças na administração. Comprou unidades para estar mais perto da operação e diminuiu o preço de alguns sabores.

A Multi QSR, empresa do Grupo Sforza, dona da rede de pizzarias desde o começo do ano, comprou sete unidades franqueadas, que juntas têm cerca de 150 funcionários e geram faturamento anual de 50 milhões de reais. Com a aquisição, o grupo passa a ter 11 lojas próprias, de um total de 190, e projeta encerrar o ano com, pelo menos, 20 unidades sob sua gestão.

O grupo Sforza, gestora de investimentos da família de Carlos Wizard, comprou a operação da rede Pizza Hut da Yum Brands em janeiro deste ano. Também adquiriu o controle da marca KFC no país. Na época da aquisição, todas as unidades eram franquias. No entanto, o grupo achou que estava muito longe da operação.

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“Começamos a tocar uma operação mais próxima do cliente. Assim, podemos fazer mais testes e inovar mais”, afirmou Charles Martins, sócio e membro do Conselho da Multi QSR. Segundo o executivo, o grupo já está em conversas para comprar outras lojas.

Uma vantagem em ter mais unidades próprias é o ganho de escala na negociação com fornecedores e parceiros. A compra de certos itens, como refrigerantes da Coca-Cola, já é estendida a toda a rede de pizzarias, sejam elas próprias ou franquias. Outros custos, como profissionais de recursos humanos ou advogados, bem como gastos com manutenção, são específicos de cada dono. Assim, o grupo consegue diluir esses custos em suas operações. Segundo Martins, os custos de uma unidade própria hoje são menores do que as franqueadas.

Até 2023, o plano é chegar a 700 unidades, das quais 10% serão próprias. O investimento para as inaugurações, que é de cerca de 1 milhão de reais por loja, virá do grupo, sem criação de dívidas com bancos ou entrada de novos investidores, diz Martins.

A empresa estima que 1 milhão de pessoas consomem Pizza Hut por mês. A rede já está no Brasil há 30 anos e a estratégia, historicamente, a estratégia historicamente foi se diferenciar como uma empresa americana, com pizzas de massa grossa e sabores exclusivos, mas a companhia realizou mudanças no cardápio e na administração para ganhar o gosto do consumidor.

Para o empresário, a rede norte-americana precisava ser mais brasileira. Os preços das pizzas mais clássicas e básicas, como mussarela, pepperoni e calabresa, caiu para a partir de 19 reais, na promoção de lançamento de uma nova loja. “O preço é bem agressivo para trazer cada vez mais consumidores. Precisamos entregar mais pizza, com borda recheada e massa grossa, pelo mesmo preço das pizzarias tradicionais de bairro”, diz Charles Martins.

Concorrentes

Não é fácil expandir a rede de pizzarias em um país apaixonado pelo prato trazido da Itália. Segundo um levantamento do Sebrae, as pizzarias correspondem a 10% do setor de alimentação fora do lar. Já de acordo com a associação Pizzarias Unidas, havia em 2016 cerca de 36 mil pizzarias no Brasil. O faturamento anual do setor é de 22 bilhões de reais por ano.

A acionista da rede Burger King no Brasil, a rede Vinci, comprou a rede de pizzarias Domino’s em junho do ano passado. A rede, que pertencia ao grupo Spoletto, foi vendida por cerca de 300 milhões de reais.

Além das pizzarias de bairro, as redes globais enfrentam outro desafio: as startups. A brasileira Pizza Makers atingiu 14 milhões de reais de faturamento em 2018 com 11 unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro e espera chegar a 20 unidades até o fim do ano, com 24 milhões de reais em faturamento.

O consumidor escolhe quais serão os ingredientes adicionados entre 32 opções para pizzas e saladas. Atualmente, a rede vende 35 mil pizzas e 9 mil saladas por mês.

Todas as unidades, com exceção de uma, estão em shopping centers, onde o horário de almoço é o mais disputado. “O grande desafio é convencer o consumidor a pedir uma pizza no almoço. Com ingredientes mais leves, queremos mostrar que é possível ter uma refeição saudável”, diz o presidente Gregório Machado.

size_960_16_9__mg_0647 Pizza Hut: a guerra das pizzas para conquistar o brasileiro Unidade da startup Pizza Makers

Unidade da startup Pizza Makers (Pizza Makers/Divulgação)

Outros negócios

Além da Pizza Hut, o grupo Sforza comprou o KFC em janeiro e trouxe o Taco Bell para o Brasil em 2016. O Taco Bell está enveredando pelo caminho inverso da Pizza Hut. Depois de só ter aberto unidades próprias no país, a rede começou, este ano, a expandir por meio de franquias e quer chegar a 200 em poucos anos. No KFC, são cerca de 20 unidades próprias e 40 franquias.

O grupo de Wizard tem ainda diversos negócios nos mais variados mercados. Esta semana, o Grupo Wiser Educação, que tem os empresários Flávio Augusto da Silva e Carlos Wizard Martins como principais acionistas, anunciou que usará uma nova injeção de capital de 200 milhões de reais para investir tanto no que lhe trouxe renome quanto em frentes mais tecnológicas.





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