O governo do estado do Rio de Janeiro, a Petrobras e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro assinaram nesta sexta-feira (9) um termo de ajustamento de conduta (TAC) para reparar prejuízos ambientais, sociais e econômicos causados pelo atraso nas obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) na região de Itaboraí, São Gonçalo e Cachoeiras de Macacu.
Com o TAC, a Petrobras se compromete a investir R$ 814,5 milhões na recuperação da região, incluindo ações de saneamento básico e meio ambiente. R$ 300 milhões devem ser destinados exclusivamente a ações ambientais, incluindo o reflorestamento de uma área equivalente a 660 campos de futebol.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que a empresa está pagando o preço de malfeitos do passado.
“A Petrobras foi vítima de um assalto de criminosos e ainda estamos vivendo sob o reflexo disso”, afirmou o executivo, durante discurso em cerimônia para a assinatura do TAC, no Palácio Guanabara, onde também apontou que o Rio de Janeiro é uma prioridade para a estatal.
O governador, Wilson Witzel, destacou que o Comperj é um caso emblemático de projeto relevante que foi impactado pela corrupção. “O que atrapalhou o Comperj foi a corrupção. O que atrapalhou o Rio de Janeiro foi a corrupção”, disse ele, que defendeu a instalação de mais refinarias no estado.
Após receber investimentos de 13 bilhões de dólares, obras do Comperj foram interrompidas pela Petrobras diante de denúncias de um esquema bilionário de corrupção que envolveu políticos, partidos e grandes empresas de construção, investigado pela Lava Jato.
Mais cedo, nesta sexta-feira, Castello Branco havia afirmado em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) que estão previstos 54 bilhões de dólares em investimentos no Rio, nos próximos cinco anos, incluindo projetos relacionados ao Comperj.
Atualmente estão em andamento investimentos de 4 bilhões de dólares na construção de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) no Comperj e um gasoduto, chamado rota 3, que levará gás natural de campos do pré-sal ao empreendimento.
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