Pesquisadores usam simulação para treinar cão robô a se reerguer de quedas

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Não é de hoje que os vídeos divulgados pela empresa Boston Dynamics surpreendem e até amedrontam muita gente com suas apresentações de robôs efetuando tarefas tipicamente humanas, como correr, pular e abrir portas. Agora, um grupo de cientistas suíços decidiu apresentar sua própria versão de um cão robô, que possui a habilidade de se reerguer após uma queda. 

A tarefa pode parecer banal, mas é um desafio enorme para pesquisadores que trabalham com máquinas de quatro “patas”.  No caso dos cientistas do Laboratório de Sistemas Robóticos da Universidade Federal de Tecnologia da Suíça, a saída foi investir principalmente em programação para “treinar” o robô, batizado com o sugestivo nome de ANYmal. 

Os pesquisadores treinaram a rede neural do robô em uma simulação de computador, e só depois fizeram os testes em campo, literalmente derrubando a máquina para ver se ela conseguia se reerguer. Em um vídeo que mostra o resultado do experimento, os cientistas reforçam que nenhum dos movimentos do cão robô foram viabilizados manualmente por engenheiros – todos eles foram aprendidos pela máquina por meio da simulação em um ambiente digital. 

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Isso, obviamente, fez com que os custos dos testes se tornassem muito menores do que se todos os experimentos tivessem que ser feitos com a máquina, que poderia ser avariada no processo. Além disso, os pesquisadores afirmaram que, por meio da simulação de computador, conseguiram aumentar a velocidade dos testes em até mil vezes, em comparação com testes feitos em ambientes reais – tudo isso usando um computador padrão, como o usado em escritórios, o que é ainda mais impressionante.  

Os feitos foram publicados em um artigo na prestigiada revista Science Robotics. Além de permitir que o robô se recuperasse das quedas, o experimento ainda fez com que ele pudesse se movimentar 25 vezes mais rápido e se adaptasse a ambientes variados, conseguindo subir degraus e percorrer terrenos instáveis, por exemplo. 

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Segundo o Laboratório de Sistemas Robóticos da universidade, o ANYmal tem uma autonomia de duas horas e é equipado com câmeras ópticas e térmicas, microfones e sensores de detecção de gases. O robô autônomo pesa cerca de 30 quilos e a intenção é que ele seja usado futuramente para resgatar pessoas em florestas e montanhas, carregar cargas em locais de construção, inspecionar túneis subterrâneos e até explorar outros planetas. 

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