Paulo Guedes tem um pé dentro e o outro fora do governo

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O Ministério da Economia informa e o Palácio do Planalto confirma: Paulo Guedes fica no governo e segue prestigiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Por ora, a primeira parte da informação é verdadeira. A segunda, não. O Posto Ipiranga virou a mercearia da esquina, nem mesmo loja de conveniência.

Para ficar no governo, Antônio Delfim Netto, o xerife da economia à época do regime militar de 64, dizia que só o tirariam de lá se fosse amarrado à cadeira.

Com o mesmo objetivo, mas com sacada menos assertiva do que a de Delfim, Guedes diz que o eleito foi Bolsonaro e que, portanto, é ele quem manda.

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Um dos dois será obrigado a recuar de suas posições para seguirem juntos. Respeito à lei do teto de gastos (Guedes) não combina com mais gastos (Bolsonaro).

Em ano de eleição, e a dois de eleição presidencial, o Congresso parece mais receptivo ao que pensa Bolsonaro, candidato a pai dos brasileiros mais pobres.

O nó a desatar é que aparentemente só haveria uma maneira de respeitar o teto de gastos e de, no entanto, poder gastar mais: a criação de um novo imposto.

Algo do tipo da antiga CPMF, só que bem mais robusta e abrangente, que incidisse sobre transações de toda natureza, sem poupar nenhuma.

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Guedes topa. Bolsonaro poderia topar. Não lhe fará a menor diferença dar mais uma vez o dito pelo não dito. Ou seja: que é contra novos impostos.

Quanto ao Congresso… Quanto à reação do distinto público… Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, é contra uma nova CPMF.

O Supremo Tribunal Federal está pronto para dizer que eleição e reeleição de presidentes da Câmara e do Senado são questões internas das duas casas.

Davi Alcolumbre (DEM-AP) quer mais um mandato de presidente do Senado e deverá consegui-lo. Maia não diz que quer mais um, mas não nega.

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Pelo menos até fevereiro do próximo ano, ao fim do seu atual mandato, Maia, sensível aos humores do mercado, será um obstáculo à aprovação de um novo imposto.

Bolsonaro está fazendo com Guedes o que tentou fazer com Sérgio Moro, ministro da Justiça: dobrá-lo às suas vontades. Moro caiu fora. Guedes também poderá cair.

Quando Guedes diz que o eleito foi Bolsonaro e que ele é quem manda, incorre em uma platitude. Mas não significa que ele se conforma com qualquer coisa.

Quem sabe faz a hora. Ministro da Economia fraco não se sustenta por mais que só admita sair amarrado na cadeira. Delfim sabia, e acabou saído. Guedes sabe.



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