Para afastar marca da Lava Jato, empresa do grupo Odebrecht muda de nome

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A Odebrecht Engenharia e Construção irá mudar de nome e de marca e passará a se chamar OEC. A mudança é a mais recente do plano da companhia de afastar sua marca do escândalo da Lava Jato. O grupo já havia alterado a marca de outras divisões, como a Odebrecht Agroindustrial, que virou Atvos, e a Odebrecht Óleo e Gás, que se chama Ocyan.

A nova marca foi desenvolvida com o apoio da consultoria Keenwork, que ouviu 30 executivos da empresa e realizou oficinas com a nova geração de líderes. Segundo o responsável por marketing institucional da OEC, Rodrigo Vilar, “a empresa fez muito nesses últimos três anos e se reinventou”.

Atualmente, a OEC está presente em 16 países, empregando mais de 20 mil trabalhadores em cerca de vinte obras para clientes públicos e privados. Entre as obras em andamento, estão a ampliação do porto de Miami, usina Termelétrica Santa Cruz, no Rio de Janeiro e o Metrô do Panamá. Em abril de 2018 o consórcio firmado pela OEC, OAS e Queiroz Galvão entregou o Trecho 7 da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo.

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Novo logo da OEC, antiga Odebrecht Engenharia e ConstruçãoDivulgação

A mudança da marca é o mais novo passo da tentativa do grupo de recuperar a credibilidade depois do envolvimento na Operação Lava Jato. O processo começou há três anos, quando a empresa assinou um acordo de leniência com procuradores da operação.

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Nos últimos anos, a corporação anunciou diversas mudanças em sua estrutura, ao vender ativos, criar políticas de conformidade, adotar a obrigatoriedade de conselheiros independentes, mudar sua política de recursos humanos e até mesmo mudar completamente o nome de algumas empresas do grupo.

A Odebrecht Realizações Imobiliárias passou a se chamar OR e mudou o logo; a Braskem retirou o vermelho do seu logo, que hoje é azul e amarelo; a Odebrecht Agroindustrial virou Atvos; e a Odebrecht Óleo e Gás agora se chama Ocyan.

No entanto, novos acontecimentos continuam abalando a companhia. Há uma semana, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a empresa mantinha um “bunker” para armazenar notas de dinheiro obtidas por doleiros com lojistas chineses da região da Rua 25 de Março para a Odebrecht pagar propina e caixa 2 a políticos e agentes públicos. O local ficava em uma sala comercial em um prédio na Avenida Faria Lima, principal corredor financeiro de São Paulo.

O escândalo teve novas consequências no Peru, país em que todos os ex-presidentes vivos estão presos ou sob investigação. A Odebrecht confirmou que a construtora entregou dinheiro à campanha eleitoral do falecido presidente Alan García, em 2006. García cometeu suicídio antes de ser preso sob investigação por corrupção no caso Odebrecht.

Dois ex-presidentes estão presos. Pablo Kuczynski foi levado para a prisão em abril, enquanto Alberto Fujimori voltou a ser encarcerado em janeiro para terminar de cumprir uma pena de 25 anos por crimes contra a humanidade durante seu governo (1990-2000).



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