Os temas urgentes do Sínodo sobre a Amazônia

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A partir desta segunda-feira (7), no Vaticano, mais de 200 pessoas, entre bispos, especialistas, missionários e indígenas, debatem por três semanas uma série de temas urgentes sobre a defesa da Amazônia e de seus habitantes.
Confira abaixo os temas mais importantes que serão abordados no Sínodo sobre a Amazônia:

‘Viri probati’ e celibato

Devido à escassez de religiosos que possam ensinar os sacramentos na região, muitos bispos locais manifestaram, por meio de um documento, que são a favor da ordenação de homens casados, com uma vida cristã exemplar – os chamados “viri probati”, os quais, neste caso, seriam indígenas.

Pelo menos 70% das comunidades da região amazônica não têm acesso à missa dominical.

O assunto gerou críticas, em particular do cardeal africano Robert Sarah, administrador da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Ele alega que, com isso, apoiam-se projetos “típicos do cristianismo burguês e mundano”, que destroem o sacerdócio.

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Para o cardeal americano ultraconservador Raymond Burke, são “erros teológicos”.

“O celibato (…) não é um dogma, não é uma prática inalterável”, alega, por sua vez, o cardeal alemão Walter Kasper. “Se os bispos pedem padres casados, o papa deve aceitar”, acrescenta.

Espiritualidade dos indígenas

Para um melhor diálogo com os indígenas, a Igreja deveria “integrar melhor sua espiritualidade” e seus símbolos, rompendo com uma “posição rígida”, como pedem alguns bispos e missionários.

Na assembleia, será questionado se o catolicismo deve se conjugar sempre e em todos os lugares como os símbolos da cultura romana e latina, ou se pode ser interpretado à sua maneira.

Para o cardeal alemão Walter Brandmüller, ex-presidente do Comitê Pontifício para as Ciências Históricas, é uma “heresia”. Ele também critica a corrente que magnifica as “práticas curativas indígenas” e “o diálogo com os espíritos”.

O cardeal Burke diz que são formas de “paganismo”.

Desmatamento e mineração

O texto de trabalho do Sínodo cita diretamente as comunidades indígenas que denunciam “grandes projetos” nesta reserva ambiental mundial, os quais acabam por “devastar territórios e populações” com o pretexto de levar desenvolvimento.

No documento, aponta-se que estes projetos são, às vezes, apoiados pelos governos locais e federal, e outras, pelas autoridades indígenas.

Ex-presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Gerhard Müller diz que o assunto não tem fundamento bíblico e que são temas sociológicos “do mundo globalizado”.

O cardeal Brandmüller rejeita que a Igreja aborde temas como “ecologia, economia e política” e que interfira nos assuntos do Estado brasileiro.

Para o papa Francisco, trata-se de se opor a um sistema que favorece “a cultura do descarte”, dos explorados e dos esquecidos.



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