Diego Souza desembarca em General Severiano com um desafio bem maior do que ostentar a camisa 7 do Botafogo. A recepção com festa e cercada de expectativa dos alvinegros só aumentou a responsabilidade do meia-atacante por reencontrar-se com seu melhor futebol.
Aos 33 anos, o jogador vem de um período marcado por oscilações em um São Paulo que tinha vários medalhões. Embora tenha atuado perto da área e feito gols cruciais na caminhada até a vaga na Copa Libertadores, Diego Souza amargou a reserva e ganhou fama de “lento” e “pesado” no Tricolor de Paulista.
Agora chegando com ares de destaque ao Botafogo, Diego Souza tende a ter seu poder de decisão bem mais testado. Como a equipe de Zé Ricardo ainda padece para criar jogadas, é natural que a bola passe mais pelos seus pés e esperem ele faça os lançamentos para a dupla Erik e Kieza. Terá fôlego para deixar de lado a fama de “vaga-lume” e justificar o fato de ser uma das esperanças de um time que, até aqui, cambaleia no Estadual?
A incógnita em torno de Diego Souza fica ainda maior pelas lembranças recentes dele em clubes de ponta no cenário nacional. Em solo carioca, o meia-atacante já decepcionou os torcedores do Fluminense em 2016, ao deixar as Laranjeiras e voltar ao Sport três meses depois de sua contratação. No São Paulo, também não honrou o investimento de R$ 10 milhões nem quando teve seus bons momentos.
Em sua apresentação, o jogador de 33 anos frisou que o “projeto ambicioso” pesou no acerto com o Glorioso. Resta saber se Diego Souza, enfim, vai reencontrar sua ambição de se firmar em um clube de ponta.
As velhas lamúrias…
Para não dizer que não falei do Clássico dos Milhões. A irritação de jogadores do Flamengo e a ironia de Abel Braga com o pênalti (legítimo) que decretou o empate do Vasco só ratificaram que certas mentalidades pararam no tempo.A arbitragem, por mais falha que seja, não deveria ser uma “muleta” tão frequente para lamentar uma vitória que escapou. Os times não aprendem mesmo…