Onyx reconhece a senadores erros na articulação e promete maior participação de Bolsonaro

BRASÍLIA — Tentando melhorar a relação com o
Congresso,
o ministro da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni,
se reúne individualmente nesta quarta-feira com senadores de seis partidos no
Senado.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), também participa dos encontros. Nas reuniões, Onyx reconheceu erros na articulação e prometeu uma melhora no diálogo com os parlamentares, inclusive com uma participação maior do presidente
Jair Bolsonaro.

Segundo líder do Podemos, Alvaro Dias (PR), a promessa de um maior envolvimento de Bolsonaro é um reconhecimento que a participação até agora foi menor do que a necessária.

— O que ele veio anunciar é que o presidente se envolverá mais. Isso significa que realmente não está suficientemente  envolvido. O que ele está propondo é uma retomada, do diálogo, da relação política com o Congresso.

Alvaro Dias diz que Onyx reconheceu erros no relacionamento inicial e agora quer estabelecer uma “estaca zero”. A previsão é que Bolsonaro receba presidentes e líderes de partidos na semana que vem, após voltar de viagem para Israel.

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— (Ele está) Tentando pacificar o mundo político. Quer retomar da estaca zero, para ter uma boa relação. Está pedindo a colaboração. Reconhecendo os erros no relacionamento inicial. O presidente vai começar a receber os presidentes dos partidos e as lideranças.

Tasso Jereissati (PSDB-CE) diz que Onyx reconheceu que o governo não pode demonstrar “desprezo” com os políticos:

— Ele acha que principalmente na questão de conversar, dialogar, que é necessário, não pode simplesmente agir com certo desprezo até, às vezes, com os políticos.

De acordo com o líder do DEM, Rodrigo Pacheco (MG), o ministro quer estabelecer um diálogo permanente com os parlamentares.

— Ele disse que é importante a gente estar conversando sempre, ter um diálogo sempre, as dúvidas poderem ser dirimidas assim que nós a tenhamos.

O líder do PP, Ciro Nogueira (PI), diz que a conversa foi de “aproximação”. Questionado se o governo precisa melhorar sua relação com o Congresso, respondeu:

— O governo não governa sem o Congresso. Então precisa.