O pós-‘triunvirato’: após racha, ex-aliados podem concorrer em eleição no Fluminense

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A eleição do Fluminense segue sem data marcada. Mas a corrida já sofreu mais uma reviravolta. O chamado triunvirato — nome dado à união do médico Celso Barros, o advogado Mário Bittencourt e o ex-vice de futebol Ricardo Tenório, que concorreriam juntos — chegou ao fim. A ruptura abre caminho para novo cenário, no qual os ex-aliados passam a ser concorrentes.

Bittencourt e Barros seguem juntos. Tenório, por sua vez, anunciou a saída da parceria. Mas não da eleição. Ele tem pretensões de concorrer no próximo pleito. Este foi o principal motivo para o racha (
confira sua carta aberta no final da matéria
).

Tenório foi vice de Bittencourt na última eleição. Os dois haviam combinado que, na disputa seguinte, a ordem seria invertida. Como não venceram e o novo pleito foi antecipado, passaram a ter visões distintas. Bittencourt entende que deve voltar a encabeçar a chapa. Contou com o apoio de Barros, que não via no até então aliado força para captar votos.

— Recebemos a notícia com muita tristeza. Mas seguiremos a vida. O Ricardo estava em desacordo com algumas questões e preferiu a cisão. Não fomos avisados anteriormente, mas havia indícios de que não estávamos mais na mesma página. De todo jeito vamos esperar os movimentos para saber como serão as coisas. Até agora não há data marcada para a eleição. E temos que montar chapa ainda. Por enquanto, só temos nós dois e pessoas que nos apoiam  — comentou o médico.

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Também procurado, Bittencourt foi mais sucinto nas palavras. Apenas lamentou que o racha tenha sido exposto.

“Eu lamento que tenha sido assim, pela imprensa, e desejo sorte a ele”, disse o advogado por meio de mensagem.

Assim que Tenório oficializou a saída, seu telefone passou a receber mensagens e telefonemas de possíveis apoiadores numa eventual chapa. Entre os possíveis aliados, o ex-deputado Ayrton Xerez, que já se mostra disposto a abrir mão de sua pré-candidatura.

— No meu time, o Ricardo joga onde quiser. Se eu retiraria a candidatura para apoiá-lo? Sim. Seria um dos cenários possíveis. Mas ainda não conversamos. Estou aberto ao diálogo com todos  — afirmou Xerez.

Nos próximos dias, Tenório conversará com agentes políticos do clube. Dentre os principais grupos das Laranjeiras, o Fluminense Unido e Forte (do ex-vice geral Cacá Cardoso) e os Esportes Olímpicos (aliados de Abad) ainda não definiram os seus apoios. Para oficializar uma chapa, é preciso de 200 assinaturas.

Confira a carta de Ricardo Tenório:

“Caros Tricolores,

Tenho pelo Fluminense uma paixão infinita e sempre que fui solicitado, ajudei o clube, como fiz em 2009, quando assumi a vice-presidência de futebol com o time praticamente rebaixado, conseguindo uma reação histórica com o chamado “Time de Guerreiros”.

Todos nós tricolores temos um profundo sentimento de gratidão com o que o Dr. Celso Barros fez pelo clube quando era Presidente da nossa antiga Patrocinadora, bem como reconheço o trabalho feito pelo Dr. Mario Bittencourt como advogado do nosso clube.

O Fluminense atravessa a maior crise da sua história e entendo que só conseguiremos superar este momento com união e sob o comando de alguém que tenha independência financeira, não tenha nenhuma relação econômica com o clube, consiga pacificar o cenário político e principalmente promova com austeridade uma gestão com governança profissional e transparência.

Nesse momento comunico o meu desligamento do chamado triunvirato, por entender que estes objetivos não serão alcançados.

Continuo, como sempre, a disposição do Fluminense.

Saudações Tricolores

Ricardo Tenório”



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