O Brasil além de SP: grupo SEB abrirá franquias de escola internacional

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Existe espaço para escolas internacionais de elite fora de São Paulo e Rio de Janeiro. Essa é a aposta do Grupo SEB, maior grupo de educação básica do Brasil e que vai começar a expandir seu modelo de escola internacional, a Sphere International School, por modelo de franquias.

Comprada pelo grupo SEB em 2015, a Sphere foi desenvolvida a partir da experiência da escola Esfera, unidade fundada em 2004 na cidade de São José dos Campos, a 99 quilômetros de São Paulo capital. A expectativa é ter de duas a três escolas em operação para o ano letivo de 2021 e chegar a 30 escolas nos próximos seis anos.

“Tirando Rio de Janeiro e São Paulo, a maior parte do Brasil tem pouquíssimas opções de escolas internacionais, embora muitas cidades tenham público para essas escolas”, diz Thamila Zaher, diretora-executiva do Grupo SEB e filha do fundador Chaim Zaher.

A própria história da Sphere mostra qual será o foco da expansão. O desenvolvimento da Esfera em São José dos Campos, considerada a “capital” do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, mostra que há demanda por escolas de elite mesmo fora de megalópoles como São Paulo. Sede de empresas como a fabricante de aviões brasileira Embraer e de universidades de ponta, São José dos Campos tem mais de 780.000 habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de 37,3 milhões de reais, o que coloca a cidade entre os 20 maiores PIBs do Brasil e o sétimo maior do estado de São Paulo. O SEB quer encontrar outros terrenos férteis como esse.

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Os executivos citam lugares como São Luís, no Maranhão, Fortaleza, no Ceará, Campinas, no interior de São Paulo, e as capitais da região Sul (Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre) como locais com pouca oferta de escolas internacionais e com público para projetos desse tipo. O grupo SEB não confirma ainda os locais das futuras franquias da Sphere.

As mensalidades para os alunos devem ir de 1.500 reais a mais de 4.000 reais, a depender da cidade. A escola estará sempre no “primeiro quartil” de um local, isto é, entre as 25% escolas mais caras. “Será uma escola premium, mas não tão cara a ponto de não ser acessível para este público no qual estamos focando”, diz Rafael Rocha, Gerente Nacional da Sphere.

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Projeção de futuro espaço da Sphere: aulas com currículo internacional da educação infantil ao Ensino MédioDivulgação

Olho no 1%

Das mais de 40.000 escolas particulares no Brasil, 3% (ou cerca de 12.000 escolas) oferecem currículo bilíngue, isto é, com o currículo brasileiro e uma língua estrangeira, segundo a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue. Já com a certificação IB, de escola internacional, há apenas 39 escolas no Brasil e cerca de 5.000 no mundo.

O IB (International Baccalaureate ou Bacharelado Internacional, em português) é um currículo reconhecido internacionalmente e controlado por uma fundação de mesmo nome na Suíça. O programa foi originalmente criado para que expatriados europeus pudessem dar aos filhos uma educação internacional e que fosse além do país para o qual a família havia imigrado.

Os executivos do grupo SEB apontam que a Sphere pode ser financeiramente vantajosa porque os pais conseguem juntar em um serviço só o valor que já pagam na mensalidade de uma escola tradicional, somada a aulas de idiomas e atividades extracurriculares.

Hoje, além do currículo bilíngue, as escolas com certificado IB têm projetos que colocam o aluno no centro da aprendizagem, com incentivo a resolução de problemas, empreendedorismo e atuação em projetos sociais – uma espécie de Paulo Freire para os ricos. O instituto IB precisa autorizar as escolas que queiram operar neste modelo mundo afora. No projeto da expansão da Sphere, o grupo SEB contou, de forma inédita, com a participação de representantes do próprio IB no desenvolvimento. “É de interesse deles aumentar o número de escolas internacionais na América Latina”, diz Zaher.

É mais comum que escolas bilíngues ou internacionais incluam apenas o Ensino Médio, visando preparar o aluno para ingressar em faculdades internacionais, mas as franqueadas da Sphere oferecerão todas as etapas escolares, dos 6 aos 17 anos.

O modelo de uma escola internacional, apesar das competências do IB, também não pode deixar de lado os conteúdos obrigatórios do currículo brasileiro. “Quando o pai vai até a escola, mostramos a ele que o aluno também vai aprender as disciplinas tradicionais, que vai estar lendo, por exemplo, Macunaíma no terceiro trimestre do sétimo ano”, diz Rocha.

Para concretizar o objetivo de ter unidades operando já em 2021, o próximo ano será crucial na atração de franqueados e também de pais e alunos interessados em comprar a proposta. O grupo está em conversa com franqueados há pouco mais de um ano. O investimento previsto para a operação de uma franquia da Sphere parte de 5 milhões de reais, podendo chegar a 20 milhões de reais a depender do prazo de pagamento, região escolhida e número de alunos. A taxa de franquia será de 55.000 dólares (mais de 220.000 reais), incluindo treinamento operacional e pedagógico.

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Educação internacional: há apenas 38 escolas internacionais no BrasilDivulgação

Oportunidade no ensino básico

O SEB já esteve à frente do grupo Estácio, mas vendeu a participação na rede de Ensino Superior por 430 milhões de reais em 2017 e hoje atua majoritariamente na educação básica.

O grupo, historicamente, fez mais de uma dezena de aquisições nos últimos anos para atender a alunos endinheirados pelo país, com muitas unidades já contando com sistema bilíngue (porém, sem o certificado IB da Esfera) e operando em sistema de franquias. Recentemente, os Zaher compraram o colégio De A a Z, no Rio de Janeiro, o colégio Visão, de Goiás, e a quase totalidade da operação brasileira da Maple Bear, escola bilíngue infantil canadense com a qual o grupo inaugurou o modelo de franquias. O grupo SEB também é dono de escolas como a Concept, voltada a tecnologia como escolas do Vale do Silício, e as próprias escolas SEB, que originaram o conglomerado nascido em Ribeirão Preto (SP) há 50 anos.

Um dos pontos fora da curva nessa estratégia para ensino básico de elite foi a rede Luminova, lançada no ano passado com foco na classe B e C e mensalidades na casa dos 600 reais, buscando atender aos mais de 30 milhões de alunos nessa faixa de renda (mais de 60% da população em idade escolar no Brasil).

Ao todo, o grupo SEB tem mais de 50.000 alunos nas cerca de 40 escolas próprias e outros 100.000 em escolas franquiadas da Maple Bear — da qual pretende trazer ensinamentos para a experiência da Sphere. O faturamento é de mais de 800 milhões de reais.

Atender a um público com ainda poucas opções de escolas internacionais é uma estratégia que a concorrência também começa a olhar. A Red House International School, que abriu uma unidade em Higienópolis, em São Paulo, no ano passado, tem uma unidade em Recife (PE) com inauguração prevista para 2020 e outra em Jundiaí (SP). A Lumiar, do empresário Ricardo Semler, tem, além de São Paulo, escolas em cidades como Poços de Caldas (MG), Porto Alegre (RS) e Santo Antônio do Pinhal (SP), além de unidades no Reino Unido. A Eleva aposta na elite do Rio de Janeiro – tendo como sócio majoritário é o fundo Gera Venture Capital, controlado pelo empresário Jorge Paulo Lemann –, mas o grupo Eleva, tal como o SEB, tem dezenas de escolas de diferentes modelos para a elite em vários estados do Brasil. A americana Avenues também desembarcou em São Paulo no ano passado trazendo mensalidades a mais de 10.000 reais.

Concorrência não falta, mas Zaher diz que não se preocupa. “Temos 50 anos de experiência e acreditamos que isso faz muita diferença”, diz. Embora a meta de 30 escolas Sphere pareça pouco perto das centenas de colégios no guarda-chuva do grupo SEB, o número é ambicioso dentro do modelo de escola internacional, com investimento e padrão de qualidade altos e escolas gigantes, com mais de 3.000 metros quadrados.

Corre no mundo corporativo a história de que não se pode passar algumas horas com Chaim Zaher sem que ele comece a comprar uma escola. Verdade ou não, se há algo que o SEB sabe fazer é escalar um empreendimento educacional. “Não temos problema em mudar. A gente já abriu capital, fechou; já comprou a Estácio e depois vendeu. Queremos ser pioneiros”, diz Thamila Zaher. Sempre acreditando que, na imensidão do Brasil, existe uma elite ansiosa por serviços educacionais de ponta. E disposta a pagar por eles.

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