Nunca houve tanta interferência da família, diz Joice sobre governo

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São Paulo — A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou na noite desta segunda-feira (21), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que “nunca houve tanta influência familiar” quanto no governo de Jair Bolsonaro.

“Eu disse ao presidente: ‘presidente, me ajude a te ajudar’. Esse tipo de fazer um puxadinho do Palácio do Planalto familiar não vai funcionar, não é bom para ninguém. Isso não aconteceu nem na época do Sarney. Isso é perigoso para o país”, disse a parlamentar.

Desde a semana passada, Hasselmann vem travando brigas nas redes sociais com os filhos do presidente, em especial Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). Na noite de domingo, a briga ultrapassou as dimensões das palavras e foi travada por emojis: enquanto o vereador usou ratos, cobras, porcos e uma lula, a deputada usou ratos e veados.

Eduardo publicou uma montagem do rosto de Hasselmann em uma nota de 3 reais.

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Depois de tudo isso, para os filhos do presidente, a parlamentar tem um conselho: silêncio. “Falei para o presidente: tira o celular dos meninos, apaga Facebook, Twitter, apaga tudo”, afirmou. “Enquanto fica essa guerrinha, de meme para lá, de montagem pra cá […] são ataques muito baixos, muito sujos. A gente vê todo esse estardalhaço envolvendo o Palácio do Planalto e sempre tem um filho envolvido nessas crises. Ou é um tuite que fez xingando alguém do congresso, ou é uma montagem com o presidente da Câmara, do Senado.”

Para a parlamentar, se os filhos de Bolsonaro seguirem com esse ritmo, “nós vamos perder a esperança”.

Hasselmann, em resposta à reação que teve no Twitter, disse que “não tem sangue de barata”. “Ele jogou a isca e eu mordi. Não vai mais acontecer”, garantiu.

A deputada acredita que “vai chegar uma hora em que Bolsonaro terá de fazer escolhas priorizando o Brasil”, e não mais seus filhos. “Os meninos tem que cumprir seus mandatos. Deixar o Flávio terminar seu mandato, se explicar com a justiça. Deixar o Eduardo fazer seu mandato, sem ficar querendo colocar de líder aqui, embaixador ali, essa interferência é muito ruim. E deixar o Carlos lá na Câmara de vereadores cumprindo o mandato dele, acabou. Se eles querem ser presidentes, que saiam na próxima eleição, que disputem, que ganhem. Aí tudo bem. Aí é legítimo. Ainda que eu discorde ou que eu não votasse em nenhum dos três, tudo bem. Mas o presidente se chama Jair Bolsonaro.”

Na última quinta-feira, a deputada foi tirada da liderança do Congresso.

Segundo ela, a saída não foi uma punição. “Quero que o governo dê certo, não estou nem aí com liderança, isso só me dava trabalho, eu trabalhava 20 horas por dia sem ganhar um único centavo a mais. Foi um alívio”, explica.

O único problema, para ela, foi a forma como foi tirada da liderança. “Fui tirada do cargo porque simplesmente discordei do Eduardo Bolsonaro? A minha lealdade sempre foi inquestionável”, questionou. “Não esperava gratidão, mas um pouco de respeito.”

Sobre os robôs, contas falsas e boatos usados à época da eleição em 2018, Hasselmann se desvencilhou e afirmou que não são “uma prática do governo”. “Eu não fazia parte de time de fake news porque toda vez que fui para o ataque, eu coloquei meu rosto […] a grande questão é se esconder por trás de perfis fakes para atacar pessoas e aliados”, disse. “O governo tem que se preocupar com o Brasil.”

No ano passado, a parlamentar foi responsável por espalhar algumas das consideradas notícias falsas que mais balançaram o Brasil, como a da urna que, ao apertar o número “1”, automaticamente mostrava o rosto de Fernando Haddad, candidato do PT em 2018. “Não foi fake news”, respondeu, se defendendo. “Qualquer coisa que eu publico, viraliza […] eu não tenho certeza que essa informação é falsa”, disse.

Joice prefeita amanhã?

Hasselmann também falou sobre a sua candidatura à prefeitura de São Paulo em 2020. Quando um dos jornalistas presentes na roda perguntou se ela conhecia a cidade, Joice disse: “Eu não sou candidata a carteiro, eu sou candidata à prefeita”.

Para ela, o apoio de Bolsonaro é uma pergunta que só “Freud explica”. “Eu almocei com o presidente e ele falou para mim que eu administraria o terceiro maior orçamento do país. Eu desci e falei, ele me chamou de prefeita, inclusive. Depois veio o porta-voz dizendo que o presidente não disse aquilo. Disse”, afirmou.

“Ele falou, não foi de mal coração, mas eu acho que teve uma reação dos próprios filhos e, para apaziguar, ele voltou atrás […] ele está correto em não se meter em eleição municipal”, acrescentou.

“Pode ser que agora, por conta dessa crise, ele até torça o nariz para a minha candidatura. Mas vai chegar um momento em que ele vai olhar e vai dizer: essa é a melhor opção para São Paulo. Eu não tenho a menor dúvida”, completou.





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