Novos casos de Covid-19 devem adiar planos de reabertura de empresas

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O Brasil passou de 5.000 mortes por Covid-19 e já tem, oficialmente, mais mortos do que a China, onde o vírus foi descoberto inicialmente. Hoje o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu o cancelamento de voos do Brasil pelo país ser o mais novo foco da doença no mundo. São Paulo, onde o Covid-19 tem feito mais vítimas, teve 224 mortes em apenas 24 horas, um recorde.

Estamos assistindo a um crescimento rápido no número de casos que permitem três conclusões:

1. O pico do Covid-19 no Brasil ainda está longe e não estamos preparados. Já há esgotamento dos hospitais de Manaus, onde pacientes aguardam em ambulâncias para que mortos sejam retirados dos hospitais para abrir lugar nas enfermarias. Belém e Fortaleza são as próximas capitais a colapsar.

No Estado do Rio, 92% dos leitos estão ocupados e os hospitais de campanha só entram em funcionamento pleno em maio.

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2. A situação em São Paulo vai piorar antes do que no resto do País, porque foi onde a propagação do vírus se iniciou. O Chefe do Centro de Contingência da Covid-19 no Estado, o infectologista Davi Uip, acredita em uma relação direta entre o aumento no número de casos e o relaxamento das pessoas com a quarentena. A taxa de isolamento social em São Paulo que chegou perto dos 60%, agora está em 48%, abaixo do índice considerado mínimo.

Ou seja, se você mora em São Paulo, por favor, tente ficar em casa. As projeções apontam que o pico do contágio na cidade de São Paulo deve ocorrer a partir da próxima semana.

Nas circunstâncias atuais, com o número de mortes crescendo e a adesão ao isolamento social baixando, cresce a possibilidade de o governo paulista adiar o fim das interdições previstas para o dia 11.

3. Qualquer planejamento sobre o reabertura das empresas e das escolas só poderá feito depois de testes em massa. Dos países com maior número de casos, o Brasil é o que menos realizou testes. Foram 340 mil testes, o que 1,6 exame por habitante. O Irã, que também é um país pobre, realizou 442 mil testes, o que dá 5,62 por habitante.

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Além disso, há suspeitas de subnotificação por outras doenças. No Estado do Rio, por exemplo, os as mortes apontadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave subiram de 9 para 225 enquanto os óbitos de causas indeterminadas passaram de 3 para 263, comparadas com o ano passado.

As perspectivas para maio são ruins. Há atrasos na entrega dos respiradores, os testes ainda são privilégio de poucos e há mais gente pressionando para voltar a vida normal. O problema é: não haverá mais vida normal.



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