New Horizons – A sonda espacial que expandiu os horizontes do conhecimento humano

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Em janeiro de 2006, uma missão da NASA foi lançada a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, para explorar Plutão, o mais distante planeta do Sistema Solar. Só que em 14 de julho de 2015, quando a sonda New Horizons alcançou seu destino, Plutão nem era mais considerado um planeta, mas os dados coletados pela sonda ajudaram a expandir os horizontes do conhecimento humano, explorando os confins do Sistema Solar.

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[ Lançamento do foguete Atlas V levando a New Horizons para a missão de exploração de Plutão e os confins do Sistema Solar – Foto: Kim Shiflett / NASA ]

Ao deixar nosso planeta, a New Horizons havia se tornado a mais veloz espaçonave da história. Quando foi liberada pelo Star 48B, o terceiro estágio do foguete Atlas V, a sonda alcançou 58.536 km/h, bem próxima da velocidade de escape do Sistema Solar, que é de cerca de 59 mil km/h. Em 2007, a New Horizons se aproximou de Júpiter, onde registrou algumas de suas luas e realizou uma assistência gravitacional que deu o impulso que faltava para a sonda alcançar Plutão e seguir sua jornada para além do Sistema Solar.

A New Horizons foi projetada para explorar o menor, mais estranho, e único planeta do Sistema Solar que ainda não havia sido visitado por uma sonda espacial. Suas 5 luas também eram alvo da missão, sendo que duas delas, Nix e Hydra, foram descobertas apenas em 2005 e as iniciais seus nomes (N e H) foram também uma referência à Missão da NASA que partiria no ano seguinte. 

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[ Trajetória da New Horizons através do Cinturão de Kuiper – Créditos: Yanping Guo/NASA/JHUAPL/SwRI ]

Plutão, além de muito pequeno, com pouco mais de 2300 km de diâmetro, tem também uma órbita muito inclinada e alongada, que chega a cruzar a órbita de Netuno, e habita uma região do Sistema Solar repleta de outros pequenos corpos gelados conhecidos como trans-netunianos. A descoberta de alguns desses corpos com diâmetro comparáveis ao de Plutão, motivaram a União Astronômica Internacional a alterar a definição de planeta e, com isso, Plutão foi “rebaixado” para a classe de “planeta-anão” em agosto de 2006.

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Nada disso abalou a equipe da New Horizons e muitos deles seguiram considerando Plutão como o nono planeta do Sistema Solar. E a sonda, além dos instrumentos científicos levava, entre outros souvenirs, um CD com os nomes de 435 mil “viajantes virtuais” e um pequeno recipiente com as cinzas de Clyde Tombaugh, o astrônomo descobridor de Plutão. 

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[ Clyde Tombaugh, o descobridor de Plutão – Fonte: wikimedia.org

Outra homenagem da Missão estava no instrumento contador de poeira cósmica que recebeu o nome de “Contador Venetia Burney”, o nome da menina fascinada por mitologia que, com 11 anos, sugeriu o nome de “Plutão” ao planeta descoberto por Tombaugh.

As imagens captadas nos dias anteriores à máxima aproximação com Plutão já elevavam as expectativas. Mostravam um mundo com várias feições na superfície e mais avermelhado do que se esperava.

Os controladores da Missão fizeram os últimos ajustes na programação da viagem e enviaram para a sonda. Com a espaçonave a 4 bilhões e meio de quilômetros da Terra, mesmo viajando na velocidade da luz, o sinal de rádio levaria mais de 4 horas para chegar até a New Horizons. E precisariam de outras 4 horas esperando as imagens da sonda chegarem de volta. 

E 8 anos atrás, em 14 de julho de 2015, a New Horizons cumpriu seu principal objetivo, passando a apenas 12.500 km da superfície de Plutão, captando imagens inéditas e dados que nos permitiram compreender muito mais a respeito do, agora planeta-anão.

A quantidade de imagens e dados coletadas pela sonda foi absurda, mas a velocidade com que esses dados foram transmitidos para a Terra foi absurdamente lenta, cerca de 2 kilobytes por segundo. Eram como fotos de alta resolução transmitidas pela internet discada da sua avó num dia de chuva. 

A espera foi difícil, mas recompensadora. Dois dias depois do encontro, com apenas 2% dos 6 gigabytes de dados recebidos, os cientistas já começaram a trabalhar nas imagens e nos dados enviados pela New Horizons. 

A missão forneceu a primeira visão em alta definição de Plutão e suas montanhas, planícies geladas, vales e penhascos, revelando detalhes fascinantes sobre a geologia e a topografia do planeta-anão. Uma das mais curiosas feições da sua superfície, a região clara conhecida como “Coração de Plutão”, recebeu o nome de “Tombaugh Regio”, em homenagem ao descobridor daquele mundo.

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[ Plutão registrado pela New Horizons – Créditos: NASA/JHUAPL/SWRI ] 

A New Horizons revelou também que Plutão tem uma atmosfera, e essa atmosfera contém  nitrogênio, metano e monóxido de carbono. Ela também observou fenômenos climáticos, como neblina e nuvens, e a interação entre a atmosfera de Plutão e o vento solar.

Estudou com detalhes inéditos suas 5 luas, principalmente a maior delas, Caronte, que teve boa parte de sua superfície mapeada pela New Horizons, além de fornecer informações valiosas sobre a geologia, a topografia e a evolução dessa lua de Plutão. 

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[ Caronte, a maior lua de Plutão, registrado pela New Horizons – Créditos: NASA/JHUAPL/SWRI/Alex Parker ]

Algumas horas depois de passar por Plutão, a New Horizons se virou para a Terra e enviou uma mensagem única: “Missão cumprida”. E de fato, a missão alcançou com louvor todos os seus objetivos. Mas aquele não era o final da história. 4 anos depois, a sonda sobrevoou o objeto transnetuniano Arrokoth, apelidado pela equipe de Ultima Thule. 

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[ Transnetuniano Arrokoth registrado pela New Horizons – Créditos: NASA/JHUAPL/SWRI/Roman Tkachenko ]

E mesmo agora, 8 anos depois do ápice da Missão New Horizons, a sonda continua explorando os confins do Sistema Solar, levando as cinzas de Clyde Tombaugh rumo à eternidade do espaço interestelar.

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