NASA comparou astronautas gêmeos para ver os efeitos do espaço em um ser humano

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20190412101556_860_645 NASA comparou astronautas gêmeos para ver os efeitos do espaço em um ser humano

Um estudo da Nasa que comparou dois gêmeos, um que terminou uma missão de quase um ano no espaço e outro que passou esse tempo na Terra, descobriu que a maioria das mudanças dramáticas que acontecem com o corpo humano no espaço não são permanentes.

Scott Kelly esteve a bordo da Estação Espacial Internacional entre 2015 e 2016 e experenciou muitas mudanças genéticas e físicas, que seu irmão gêmeo, Mark Kelly, não experienciou enquanto estava na Terra.

Contudo, para o alívio da NASA, o corpo de Scott gradualmente voltou ao normal, pelo menos grande parte dele. Os telômeros do irmão Kelly que ficou no espaço nesse tempo ficaram mais longos. Se você não sabe o que isso siginifica, imagine que os telômetros são capas protetoras no fim dos cromossomos e, conforme você envelhece, eles ficam menores. O efeito contrário, portanto, é  surpreendente e fez com que os cientistas do Programa de Pesquisa Humana da NASA começassem a investigar o motivo do crescimento no espaço e se isso poderia ser utilizado como um meio de evitar envelhecimento e câncer. 

Porém, a sequência dos eventos também foi surpreendente, já que, depois do retorno à Terra, os telômeros de Scott encolheram para um tamanho ainda menor do que quando havia saído em missão. Este processo está ligado à velhice e a doenças. 

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Outras mudanças foram observadas no corpo do astronauta também, físicas e mentais. Scott tornou-se mais perspicaz por conta da sua carótida e retina terem engrossado durante a viagem. Ele descreveu suas pernas como “inchando como melancias” toda vez que ele se levantava. Ele recebeu ainda uma vacina contra gripe e seu corpo reagiu da mesma forma, provando que o espaço não afeta o sistema imunológico. Houve também uma mudança nos micróbios do intestino e mudanças na expressão gênica.  Entretanto, tudo retornou a níveis estáveis ou básicos depois que ele pousou, embora alguns danos no DNA e nas células T ainda permaneçam.

“Se você olhar para as mudanças que estamos vendo em Scott, a grande maioria delas voltou à linha de base em um período relativamente curto de tempo quando voltou à Terra”, disse Steven Platts, vice-chefe de cientistas do Programa de Pesquisa Humana da NASA. 

O estudo completo foi publicado pela revista Science na quinta-feira (11). Os cientistas prometem que as pesquisas ajudarão a entender como o corpo humano funciona no espaço e reage a alterações de ambiente. Porém, através do caso dos irmãos gêmeos, já fica claro que ele tem uma capacidade muito alta de adaptação. 

“O Estudo dos Gêmeos demonstrou, no nível molecular, a resiliência e robustez de um corpo humano a se adaptar ao ambiente de um vôo espacial”, disse Jenn Fogarty, cientista-chefe do Programa de Pesquisa Humana da NASA.

Via: Engadget



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