A missão Lucy faz parte do Programa Discovery da NASA que busca descobrir os mistérios do nosso Sistema Solar. Ela foi enviada para visitar asteroides troianos na órbita de Júpiter. Sua primeira visita estava programada para acontecer somente em 2025, no entanto, os pesquisadores comunicaram que eles adicionaram um novo asteroide na rota da espaçonave.
Troianos são corpos como asteroides e satélites, que estão localizados em Pontos de Lagrange. Eles estão orbitando na mesma distância que outro objeto supermassivo sem colidir com ele. No caso dos asteroides troianos de Júpiter, eles estão orbitando o Sol na mesma rota feita pelo planeta.
A missão Lucy da NASA
A Lucy planeja visitar nove desses troianos numa jornada de 6,4 bilhões de quilômetros que durará 12 anos. Ela foi lançada em 2021 e sua primeira visita ia acontecer em 2025, quando ela passasse pelo asteroides (52246) Donaldjohanson no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, antes de chegar à órbita de Júpiter. Mas a equipe da missão localizou um outro asteroide na borda interna do cinturão como um novo alvo potencial da espaçonave.
O asteroide é muito pequeno e ainda não possui nome e foi designado (152830) 1999 VD57. Segundo Raphael Marschall, colaborador de Lucy do Observatório de Nice na França, em resposta à NASA, um objeto é de muito interesse para a sonda.
Selecionei 500.000 asteroides com órbitas bem definidas para ver se Lucy poderia estar viajando perto o suficiente para dar uma boa olhada em algum deles, mesmo à distância. Este asteroide realmente se destacou. A trajetória de Lucy, conforme projetada originalmente, o levará a 40.000 milhas do asteroide, pelo menos três vezes mais perto do que o próximo asteroide mais próximo.
Raphael Marschall
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Encontro de ensaio
A observação do asteroide vai possibilitar que a Lucy realize teste sobre um sistema de rastreamento de terminais inovador a qual ela está equipada. Ele vai possibilitar que a espaçonave detecte a qual distância ela se localiza do objeto a ser observado e para que lado deve apontar suas câmeras.
Em 24 de janeiro adicionou o (152830) 1999 VD57 na turnê que a espaçonave vai fazer. Para observá-lo mais de perto, a equipe da Lucy só vai precisar realizar uma pequena manobra na trajetória da espaçonave.
No passado, a maioria das missões de sobrevoo representava essa incerteza tirando muitas imagens da região onde o asteroide poderia estar, o que significa baixa eficiência e muitas imagens do espaço em branco
Hal Levison, investigador principal de Lucy
O encontro com o asteroide possui um ângulo de aproximação muito semelhante ao que Lucy vai precisar realizar nos troianos de Júpiter. Isso faz com que a espaçonave realize um bom ensaio antes de finalmente chegar a seus objetivos científicos.
O 1999 VD57 possui cerca de 700 metros de comprimento e vai ser o menor asteroide já visitado no cinturão. O tamanho dele é muito mais parecido com os asteroides próximos à Terra, visitados pelas missões OSIRIS-REx e DART, da NASA. Para fazer a aproximação, a equipe da Lucy vai realizar um série de manobras a partir de maio para que em novembro a espaçonave passe a cerca de 450 quilômetros do objeto.
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