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Uma mulher foi gravada, na noite de sexta (20), bradando ofensas homofóbicas e dando tapas em um cliente em uma padaria em São Paulo. Uma série de vídeos circulou pelas redes sociais mostrando as agressões. A Vejinha teve acesso também a imagens da cliente humilhando funcionários do estabelecimento, no bairro da Pompeia.
Em um dos vídeos, sentada no balcão da padaria Dona Deôla, a mulher, identificada pela padaria como Lidiane Biezok, joga guardanapos sobre a estufa de salgados e olha para uma das atendentes,. “Sabe para o que você presta? Para pegar meus restos”, ela a cliente, “Para isso que você é paga, para pegar meus restos.” De acordo com a assessoria de imprensa do estabelecimento, a atendente era negra.
Em seguida, dois clientes repreendem a atitude da mulher, que responde com ataques homofóbicos. “Cala a boca, sua bicha do c*”, grita. A mulher vai atrás de um deles, atira objetos e dá tapas. Em imagens que circulam pelas redes sociais, é possivel ver a cliente andando atrás de uma das vítimas e jogando objetos em um deles. No caixa, chega a indagar a funcionária; “Isso aqui é uma padaria gay?”. As redes sociais de Lidiane, como o Instagram e o Linkedin, não estão mais no ar.
De acordo com frequentadores da padaria com quem a Vejinha falou, a mulher,que se identifica como “advogada internacional” costuma frequentar o local. Procurada, Lidiane ainda não foi encontrada até a publicação desta nota.
Na tarde de ontem (21), a Dona Deôla se manifestou nas redes sociais com uma nota. “Lamentavelmente, na noite de ontem, funcionários e clientes da nossa padaria na Pompeia foram alvo de ofensas racistas, homofóbicas e transfóbicas, que podem inclusive configurar crime. Por isso, seguindo a orientação que lhes foi dada, a nossa equipe acionou a polícia para que as providências fossem tomadas. A Dona Deôla se solidariza com as vítimas desse ato repugnante e se coloca à disposição para prestar toda assistência necessária. Reiteremos o nosso repúdio a qualquer tipo de discriminação e o nosso compromisso com a proteção e o bem estar dos nosso funcionários e clientes.”
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da padaria, os ataques duraram cerca de 4 minutos e a polícia foi imediatamente chamada.
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