Morador de Nova Iguaçu promove pedalada do Rio a Brasília em campanha contra a pedofilia

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Mais de 1.200 quilômetros para fazer um alerta. Essa é a distância que o lutador e professor de artes marciais Sérgio Éric Borges da Silva, de 41 anos, vai percorrer de bicicleta para chamar a atenção para o combate à pedofilia. Morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o atleta convocou mais cinco amigos para essa aventura, que será no próximo dia 2. O grupo vai pedalar da Vila Militar, no Rio de Janeiro, até Brasília.

— Faço trabalho de combate à pedofilia há 15 anos. Falo do assunto em palestras que faço. Dia desses, um policial falou da impotência dele quando se depara com um pedófilo. Quando decidimos fazer essa pedalada, muitas pessoas começaram a se mobilizar para essa largada. Acredito que isso terá visibilidade nacional e internacional — afirma Sérgio.

A previsão é de chegar em Brasília em dez ou 12 dias. Mas Sérgio revela que essa não é a primeira vez que ele percorre uma grande distância. Em 2011, levou 23 dias andando de Nova Iguaçu até Brasília.

— Em 2002, fiquei 25 horas andando de costas e em círculo, no Centro do Rio, em homenagem à seleção brasileira — lembra.

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Dos cinco amigos que vão, a maior parte é paraquedista, a exemplo de Sérgio. Por isso, o grupo escolheu partir da Vila Militar, explica Sérgio:

— Como fizemos escola de paraquedistas, estamos acostumados a andar. Somos treinados para isso. Mas escolhemos ir de bicicleta para não passar tanto tempo longe da família.

O policial militar Leonardo Brasil do Rozário, de 41 anos, montou uma bicicleta especialmente para o percurso. Amigo de Sérgio há 20 anos, ele é um dos que vão participar da viagem.

— Levei para eu já me adaptar. Faltam duas semanas para a largada — calcula Leonardo, que pratica ciclismo há dois anos e já participou de outros percursos: — Já percorri 120 quilômetros em três horas, em percurso com grupos de pedaladas. Acho que o desafio vai ser cumprir o cronograma, porque imprevistos acontecem. Mas acredito que vamos conseguir. Por isso, estipulamos uma margem de segurança.

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Leonardo montou a bicicleta especialmente para o percurso Foto: Arquivo pessoal

Além da luta contra a pedofilia, a caminhada também vai ter um caráter ambiental. A cada 50 quilômetros, o grupo vai plantar mudas pelo trajeto.

— São várias bandeiras nessa pedalada. Uma delas é a questão ambiental. Por isso, vamos plantar as mudas, com o apoio da Brigada Voluntária Brasileira, em Seropédica, que desenvolve e apoia atividades socioambientais — ressalta Sérgio.

A nobreza da causa contagiou outros apaixonados pelo esporte. Uma delas é a podóloga Cristiana Medeiros, de 40 anos, que está negociando no trabalho pata participar da pedalada. Moradora do Bairro da Luz, ela conheceu Sérgio num grupo de treinamento funcional:

— Estou muito tentada a ir. Seria uma experiência imensa fazer esse circuito a longa distância. Além disso, estaria ajudando amigos nessa luta.

Cristiana pratica esporte diariamente e acredita que, em razão disso, o percurso até Brasília seria tranquilo para ela:

— Gosto muito de qualquer tipo de esporte. Com 16 anos, joguei futebol profissional no América. Também lutei caratê e agora faço o funcional. Participar dessa ida a Brasília, seria o esporte aliado a uma causa.

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Quando soube da campanha, Cristiana decidiu participar Foto: Fábio Guimarães / Agência O Globo

Para a largada, dia 2, na Vila Militar, são esperados cerca de 300 ciclistas. Um deles será o comerciante Ronaldo Ligeirinho, de 53 anos, proprietário de uma loja de bicicletas no bairro Marco II, em Nova Iguaçu.

— Minha loja é ligada ao ciclismo e ao ecoturismo. Vou participar da largada porque são bandeiras importantes. Um atleta não se preocupa só com a questão física, mas com a sociedade em geral. Chamamos a atenção das autoridades através do esporte — assinala Ligeirinho.

A notícia da aventura sobre duas rodas em direção ao Distrito Federal correu a região. Morador de Nilópolis, o segurança Doubert Guimarães, de 27 anos, não pensou duas vezes quando soube da campanha. Vai participar da largada.

— Além da questão do esporte e da campanha, o que me interessou foi o fato de a largada ser na Vila Militar. Sérgio serviu no mesmo quartel que eu, só que alguns anos antes. É uma oportunidade de voltar lá, rever conhecidos. O que une quem serviu nessa unidade é a atividade física — conta Doubert.

O nilopolitano começou a pedalar há nove meses, mas pratica a atividade quase que religiosamente. Além de sair de casa para pedalar na Via Light, em Nova Iguaçu, de segunda a sexta, ele vai para a Barra aos fins de semana.

— Vou até a Pavuna. Lá, pego o metrô e vou pedalar na orla. Além de ser uma excelente atividade física, é bom para extravasar. Toda a tensão da semana acumulada, extravaso quando estou pedalando. Conheço lugares novos, é algo mais dinâmico do que se fosse na academia de ginástica, onde você pedala e não sai do lugar.

Sérgio já tem experiência em chamar a atenção das pessoas para alcançar um objetivo. Há três anos, o lutador vai para o transporte público buscar apoio para realizar um sonho: ser lutador de MMA. Depois de ter lutado numa competição internacional de caratê nos Estados Unidos, na cidade da Filadelfia, aos 23 anos, Sérgio quer voltar ao país.

— Quero representar o Brasil nos torneios internacionais de MMA. É sempre em junho, nos Estados Unidos. Tento há três anos — conta Sérgio, que começou vendendo nos ônibus escovas de dentes.

O objetivo do lutador era arrecadar R$ 12 mil, mas ele não conseguiu o valor. Hoje, ele continua com as vendas, dessa vez no trem. Mas não perdeu a esperança e continua sonhando com a disputa internacional.

— Espero conseguir um patrocínio para poder viajar e lutar nos Estados Unidos no ano que vem — assinala, esperançoso.





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