Meteoro corta os céus do Nordeste brilhando mais que a Lua cheia

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Meteoro corta os céus do Nordeste brilhando mais que a Lua cheia
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Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um meteoro pertencente à chuva de meteoros Lambda Leonids atravessou o céu sobre a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, na noite de quarta-feira (6). Na semana passada, foi a região Nordeste que teve a chance de testemunhar um evento parecido – em um fenômeno visto em cidades de vários estados mais brilhante do que a Lua cheia. 

Câmeras da plataforma Clima ao Vivo e da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) registraram um superbólido durante a noite de terça-feira (27), que riscou o céu de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Sergipe – conforme mostra o vídeo abaixo, que reúne algumas dessas capturas.

Para ser considerado superbólido é preciso que o meteoro brilhe mais que a Lua: atingindo uma magnitude visual inferior a -17 (quanto menor a magnitude, maior o brilho). De acordo com o Clima ao Vivo, é possível que o evento tenha gerado meteoritos (detritos que atingem o solo). A plataforma destaca que superbólidos sempre são explosivos, grandes e muito luminosos. 

A passagem do objeto também foi registrada pelo satélite GOES-16, da NASA, que fica em uma órbita geoestacionária da Terra, ou seja, é um tipo de espaçonave que acompanha a rotação do planeta, parecendo estar parado no céu. Assim, esses satélites ficam permanentemente sobre uma mesma área.

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Passagem do superbólido por Aracaju (SE), na noite de 27 de fevereiro de 2024. Crédito: Climaju

O que são meteoros

Asteroides, meteoroides e cometas orbitam o Sol em uma velocidade altíssima. Algo entre 40 mil e 266 mil quilômetros por hora. Quando atingem a atmosfera da Terra nessa velocidade, mesmo fragmentos tão pequenos quanto um grão de areia são capazes de aquecer instantaneamente os gases atmosféricos, gerando um fenômeno luminoso, que é o que os astrônomos classificam como meteoro. 

Em resumo:

  • Meteoros são apenas esses eventos luminosos, nada mais;
  • Um meteoro não é sólido, não é líquido nem gasoso, é apenas luz;
  • Popularmente, também é chamado de “estrela cadente”.

Como a maioria dos meteoros é gerada por minúsculos fragmentos de rocha, não é possível prever quando e onde poderemos vê-los. No entanto, há algumas épocas do ano em que as nossas chances de observá-los aumenta consideravelmente. 

São as chamadas chuvas de meteoros, que ocorrem quando a Terra passa por uma região do Sistema Solar repleta de fragmentos deixados por algum cometa ou asteroide. Quando a Terra atravessa essa trilha, eles atingem a atmosfera, gerando dezenas ou até centenas de meteoros em uma única noite – um espetáculo de encher os olhos.

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