Economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e para 2020. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 16, a economia brasileira deve avançar 1,12% em 2019. A estimativa anterior era de crescimento de 1,10%. Para 2020, a revisão, apesar de ainda mais ligeira – de 2,24% para 2,25% – foi a sexta consecutiva.
Caso se confirme a previsão dos analistas econômicos, o PIB de 2019 deve ser superior o de 2018, que foi de 1,10%, mas ainda demonstrando lentidão para a retomada. No caso de 2020, o resultado mais robusto seria o melhor desde 2013, quando a economia cresceu 3%.
A revisão da previsão de crescimento ocorre após o Banco Central cortar mais uma vez a taxa básica de juros da economia, a Selic, para tentar impulsionar a retomada econômica. A Selic está no menor patamar da história, 4,5% ao ano. A estimativa dos analistas financeiros é que não haja grandes revisões da taxa para o próximo ano e que ela termine 2020 no mesmo patamar atual. O Comitê de Política Monetária (Copom), que toma as decisões sobre os juros, volta a se reunir apenas em fevereiro.
O relatório divulgado nesta segunda-feira também traz revisão na expectativa de inflação. Segundo o Focus, neste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 3,86% – na semana passada a estimativa era de 3,84%. A expectativa segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4%, tendo tolerância entre 2,5% e 5,5%.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 ficou estável em 4,15 reais por dólar. Na sexta-feira, a moeda americana fechou abaixo deste valor, em 4,10 reais. Para 2020, a expectativa é que a moeda termine o ano vendida a 4,10 reais.
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