Mercado de petróleo deixa o caos para trás e mira retomada da produção

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Em reunião nesta quarta-feira, 15, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) decidiu reduzir o corte da produção de petróleo que até então era de 9,7 milhões de barris por dia e que está em vigor desde maio, com validade até o fim de julho. Como consequência, haverá uma elevação da produção mundial da commodity. Em comunicado, a organização estima que o corte agora deve diminuir o corte para “8,1 ou 8,2 milhões de barris por dia” a partir de agosto. A entidade afirmou ainda que esse novo valor seria uma espécie de piso e que o corte na verdade pode ficar um pouco acima disso, chegando a 8,4 milhões de barris. O tombo do setor em razão do novo coronavírus foi gigantesco — tanto que em meados de abril o barril do tipo WTI (West Texas Intermediate), referência no mercado americano, entrou em colapso e foi negociado no mercado futuro a -37,63 dólares — e os produtores tiveram de correr para sustentar o preço. Três meses depois, o que se vê no mercado é uma recuperação da demanda por commodities, ainda muito devagar, mas alentadora e que trás algum otimismo após o setor chegar no fundo do poço.

“Se trata de uma redução muito pequena em relação ao consumo total, provavelmente tem a ver com a necessidade interna do próprio cartel, de alguém que não queira diminuir tanto a produção. Isso tem cheiro de acordo interno. Em níveis mundiais é uma redução muito pequena, o que vai fazer diferença mesmo é a evolução da demanda, o que pode acontecer num primeiro momento é alguma mudança de caráter especulativo”, analisa David Zylbersztajn, presidente do Conselho de Administração da Light. “Para o Brasil também não há nenhuma grande mudança, isso é muito pouco em relação ao consumo mundial, cerca de 1% ou 1,5%. Esse volume maior, provavelmente, vai ser espalhado pelo mercado”, complementa.

Na manhã da terça-feira, 14, o relatório mensal da Opep foi divulgado e indicou que a demanda mundial por petróleo deve crescer 7 milhões de barris por dia em 2021 com a retomada econômica e consequente aumento da demanda pelo produto, mas que ainda assim os índices seguirão abaixo dos níveis de 2019. Foi a primeira projeção da organização sobre a demanda por petróleo em 2021. A organização calcula que o mundo consumirá, em média, 90,72 milhões de barris diários em 2020 e 97,7 em 2021. A previsão, contudo, não leva em conta possíveis riscos em relação às tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que já influenciavam os preços antes mesmo da pandemia.

Os dados também não indicam os possíveis reflexos de uma segunda onda de coronavírus, mas segundo a organização a demanda vai continuar sua recuperação e que possíveis pioras de quadros por causa da pandemia seriam isoladas. Em junho, graças a cortes de países como Omã e Arábia Saudita, o nível de cumprimento do acordo ficou em 107% — sem o apoio extra o cumprimento estaria em 95%. O grupo disse ainda que aqueles países que excederam a cota e descumpriram o acordo vão ter que entregar novos planos para haver uma compensação nos próximos meses.

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Com os anúncios, o preço do barril futuro do tipo WTI operava em alta de 1,99% às 15h47, cotado a 41,09 dólares. Já o barril futuro do tipo Brent apresentava alta de 1,93%, cotado a 43,73 dólares.



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