Em setembro deste ano a Marinha dos EUA confirmou a autenticidade de três vídeos que mostram objetos voadores não identificados (OVNIs, ou UFOs em inglês) sendo perseguidos por caças do porta-aviões Nimitz. Na época os militares informaram que os vídeos são verdadeiros e representam “fenômenos aéreos não-explicados”. Ou seja, não há uma explicação para a origem e comportamento do objeto, mas isso não quer dizer que ele tenha uma origem alienígena.
Entretanto, declarações dadas à Popular Mechanics por cinco veteranos que serviram a bordo do porta-aviões e de navios de seu grupo de combate dão a entender que há muito mais que não foi divulgado. Segundo Gary Voorhis, suboficial de 3ª classe a bordo do USS Princeton, que acompanhava o Nimitz, os vídeos capturados durante os incidentes eram muito mais longos, e mais nítidos, que os divulgados.
Pouco depois de gravar os incidentes, “estes dois caras chegaram de helicóptero, o que não é incomum, mas logo depois que chegaram, talvez uns 20 minutos, meus superiores ordenaram que eu entregasse todas as gravações do sistema AEGIS”, diz ele. O AEGIS é um avançado sistema de combate a bordo dos navios da marinha norte-americana que usa radar para rastrear alvos e guiar mísseis até eles.
Além de entregar as fitas com as gravações, Voorhis foi ordenado a recarregar os gravadores do Centro de Engajamento em Combate (CEC) do navio, pois eles também foram apagados, junto com todos os drives ópticos com as comunicações de rádio. “Ele me mandaram apagar tudo o que estava lá – até mesmo as fitas em branco”.
Mas, novamente, isso não significa que foram aliens. Segundo Luis Elizondo, que trabalhava no Gabinete do Subsecretário de Defesa da Inteligência, “muitos dos sistemas e a maneira como os dados são coletados permanecem classificados para proteger táticas, técnicas e procedimentos”.
Nick Cook, ex-editor de aviação do peródico Jane’s Defense Weekly, diz que discos e fitas podem ter sido retidos pois contém informações sensíveis, ou sobre os objetos encontrados ou sobre a forma como foram obtidas. Ele admite que a possibilidade de que tudo tenha sido um teste militar, uma das explicações para o fenômeno, existe, porém acredita que isso é improvável.
“Eu procurei por 10 anos e nunca encontrei nenhuma evidência convincente de que esse tipo de tecnologia existe”, diz Cook. “[Isso] não significa que ainda não exista … mas eu nunca encontrei nenhuma prova concreta”. Mas adiciona, com sobriedade: “No balanço de probabilidades, não acho que seja algo “nosso “.
Fonte: Popular Mechanics
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