Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na noite de quinta-feira (22), uma grande mancha solar denominada AR3590 produziu uma forte erupção de classe X6.37 – a mais poderosa do Ciclo Solar 25, que teve início em 2019.
De acordo com o site de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, essa megaexplosão aconteceu menos de 24 horas depois de duas erupções ocorridas na mesma mancha – uma de classe X1.8 e outra X1.7.
Vamos entender:
- O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar;
- Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
- Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
- No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
- À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
- De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
- Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior.
Como vem se fundindo com outras manchas menores, a mancha solar AR3590 está crescendo de forma acelerada. Atualmente, ela já tem o comprimento de oito planetas Terra enfileirados.
De acordo com a plataforma de observação espacial EathrSky.org, a mancha massiva AR3590 ainda não causou nenhum distúrbio geomagnético na Terra. Mas ainda há tempo; ela está atualmente bem posicionada para disparar uma ejeção de massa coronal em direção ao planeta e, possivelmente, formar auroras nos polos do globo.
Imagens do pôr do Sol mostram mancha solar colossal
A mancha solar AR3590 é tão grande que pode ser facilmente observada da Terra, sem a necessidade de telescópios – sem esquecer que não se deve olhar diretamente para o Sol em momento algum sem a devida proteção: os óculos para eclipse (saiba mais aqui).
Imagens impressionantes foram compartilhadas nas redes sociais, mostrando o Sol e a gigantesca mancha. É um registro mais incrível que o outro – confira:
A foto acima foi feita em Veneza, na Itália, pelo fotógrafo Filippo Fazzini, que pretendia registrar o bando de pássaros voando ao pôr do Sol. O objetivo foi alcançado com sucesso – e as expectativas foram superadas, já que a mancha solar AR3590 também foi capturada na imagem.
Ron Milton, fotógrafo em Tampa, Flórida, nos EUA, fez uma bela foto do Sol desaparecendo no mar e também compartilhou no X (antigo Twitter) na segunda-feira (26). Horas mais tarde, ele percebeu a presença da mancha, e fez uma nova postagem com a imagem aproximada.
Michael Busch, fotógrafo independente de Nova York, que presta serviço para o Dailymail.com, também capturou o fenômeno. “Notei algumas manchas solares esta manhã e fiz uma pequena pesquisa – esta é a mancha solar gigante AR3590 e é na verdade um aglomerado de 24 e tem gerado explosões que podem atingir a Terra e gerar auroras. É muito raro vê-las a olho nu”.
“Pôr do Sol em meio ao nevoeiro sobre a costa gelada de Sauble Beach, Lake Huron, Ontário, Canadá. Tive o prazer de captar isso sem o auxílio de um filtro solar. O nevoeiro fez isso por mim”, relatou o fotógrafo Les Anderson ao site Spaceweather.com. Suas fotos foram compartilhadas no X pelo usuário AvatarDomy.
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