Está em temperatura máxima o clima da mais cara arbitragem hoje em andamento no país, entre a J&F e a Paper Excelence, pelo controle da Eldorado Celulose — um negócio de R$ 15 bilhões, e que deveria ter sido concluído em setembro de 2018.
Três integrantes do Conselho Fiscal da Eldorado, representantes da J&F, manifestaram na quinta-feira à CVM desconforto com uma atitude do conselheiro Luis Felipe Schiriak, representante da Paper, na mais recente reunião do colegiado.
Segundo os conselheiros que representam a J&F, Schiriak consultou um advogado externo no intervalo feito para a lavratura da ata, e mudou de posição sobre alguns pontos acordados.
Schiriak teria dito ser necessário ouvir o advogado da Paper, do escritório Mattos Filho.
Schiriak também teria pedido, segundo o relato dos três conselheiros, que a ata do encontro fosse revisada por advogados da Paper.
E a Paper?
Segundo a Paper, Schiriak não consultou um advogado externo, mas sim pediu para fazer uma consulta ao advogado do Mattos Filho, o que não foi aceito pelos demais conselheiros.
Ainda de acordo com a versão da Paper, diante da negativa dos demais conselheiros para que Schiriak ouvisse o advogado, Schiriak solicitou que Luiz Henrique Vieira, advogado presente na reunião e aprovado por assembleia no ano passado, conversasse com o advogado do Mattos Filho, da confiança da Paper.
A Paper sustenta que não houve a consulta.
Procurada, a Eldorado (controlada pela J&F) manteve a versão que comunicou à CVM, ou seja, que Schiriak de fato ouviu durante a reunião o advogado do Mattos Filho.
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