Manoel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, enlouquecia as defesas adversárias com seus dribles desconcertantes. Se estivesse vivo, a lenda do futebol completaria hoje 86 anos.
Para lembrar o seu filho mais famoso, Magé criou “O Dia da Alegria do Povo’’. E ainda programou jogo de futebol para lembrar o craque. Já a família de Garrincha não vê muitos motivos para comemorar a data de hoje.
É que, apesar de existirem duas sepulturas com o nome de Garrincha, no Cemitério Municipal de Raiz da Serra, em Magé, não se sabe exatamente onde está a ossada do gênio do futebol que ajudou o Brasil a ganhar as Copas de 1958 e 1962.
Uma investigação da Polícia Civil concluiu, ainda em 2017, que a ossada do ex-jogador da seleção brasileira e do Botafogo foi exumada e está desaparecida.
Na ocasião, o prefeito Rafael Tuburão prometeu que providenciaria um exame de DNA nos restos mortais depositados nas duas sepulturas para saber de quem são os restos mortais. Até a última sexta-feira, a promessa, no entanto, não havia sido cumprida.
— Houve a promessa do DNA para ajudar a encontrar a ossada. Só que, até agora, nada foi feito. Estamos tristes, meu pai não merecia isso — diz Maria Cecília Santos Cardoso, de 59 anos, uma das filhas de Garrincha.
Apesar dos eventos festivos em Pau Grande, distrito de Magé onde Garrincha nasceu, quem vai ao cemitério onde o craque da seleção brasileira foi sepultado, em 1983, certamente fica triste. No jazigo coletivo da família do ‘‘anjo das pernas tortas’’, localizada na parte inferior do cemitério, onde Mané foi enterrado em 1983, há sinais de abandono e descaso. As letras com o nome dele no túmulo estão apagadas.
A mesma coisa acontece com a data do seu nascimento. Só é possível notar, com muito esforço, a inscrição com o apelido “Garrincha”, em parte do túmulo.
No jazigo da parte superior, onde há um obelisco e que foi construído em 1985, o panorama não é nem um pouco diferente. Há sujeira, mato e inscrições apagadas.
— Eu mesmo limpei esta sepultura no ano passado. Farei isso de novo — diz Fábio de Freitas, ex-genro de Garrincha, preocupado com o abandono.
A investigação da polícia aponta não ter havido violação da sepultura onde Garrincha foi enterrado, em 1983. Parentes do craque revelaram no processo que Maria de Lourdes dos Santos, irmã dele, autorizou uma exumação em data desconhecida. Mas a retirada dos restos mortais da sepultura não foi registrada no livro de controle do cemitério nem acompanhada por parentes.
Lourdes morreu em 2011, anos após ter autorizado a exumação. Apesar da falta de registros, um coveiro que participou do enterro de Garrincha disse, na sexta-feira, que a ossada do craque foi guardada numa caixa e pode ter sido colocada na sepultura original.
Já um parente de Garrincha ouvido na 66ªDP (Piabetá) disse que, além da ossada do jogador, os restos mortais de um primo do craque, depositados no local, desapareceram. Procurada, a Prefeitura de Magé não se manifestou sobre o mistério em torno dos restos mortais de Garrincha.
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