Magazine Luiza dá até R$ 2,5 mil de desconto na troca de celular velho

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Depois de a fabricante de celulares chinesa Huawei voltar ao Brasil na última sexta-feira, 17, oferecendo descontos de até 2.000 reais para quem entregasse um celular antigo na compra de um P30, modelo top de linha da empresa, quem também entrou na onda é a varejista Magazine Luiza.

A empresa lançou nesta semana uma campanha para que clientes entreguem seus celulares usados e consigam descontos na compra de aparelhos novos. Batizada de “Smartphoniza Brasil”, a campanha vai oferecer descontos que podem chegar a 2.500 reais.

Os descontos variam a depender das condições do aparelho usado e de que modelo de celular o cliente deseja adquirir. A promoção só vale para quem quiser comprar modelos que custam acima de 1.500 reais. Ficam de fora, portanto, os modelos de entrada, que costumam custar abaixo de 1.000 reais.

Assim, o foco da ação é sobretudo os aparelhos top de linha, que têm os maiores descontos — mas, também, os maiores preços. Um Samsung S10, smartphone top de linha da coreana e que custa 4.299 em condições normais, tem na campanha desconto de, no mínimo, 1.300 reais, e soma-se a isso o desconto obtido pelo celular antigo do comprador. O iPhone 8 Plus, modelo mais recente da americana Apple, tem economia de 1.000 reais (mais descontos obtidos pelo celular antigo), saindo por, pelo menos, 3.599 reais.

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Os descontos já estão disponíveis desde domingo, 19, tanto no site quanto nas mais de 900 lojas físicas do Magazine Luiza.

O Magazine Luiza banca parte do valor dos descontos, e parte foi obtida junto aos fornecedores. A ação também é feita em parceria com a Trocafone, empresa de revenda de celulares seminovos. Quem comprar pelo site também precisa enviar o celular antigo para a Trocafone, que vai avaliar as condições do aparelho. A Trocafone também será responsável pela revenda dos celulares antigos e de suas peças, ou, se for o caso, pelo descarte ecológico do smartphone.

É a primeira rede de varejo no Brasil a adotar o modelo de trocas, que é conhecido como trade in. O modelo já é comum em outros setores, como o automotivo, no qual concessionárias costumam comprar carros usados ou aceitá-los como entrada para a compra de veículos novos.

De olho no e-commerce

Na prática, a campanha pode ajudar o Magazine Luiza a intensificar as vendas de celulares premium, que têm tickets maiores. Além disso, os descontos podem ser um fator diferencial na escolha dos clientes, sobretudo no e-commerce.

“É uma estratégia para ganharmos mercado, com certeza. Temos muita concorrência no e-commerce, temos que sempre ser criativos”, diz Fabrício Garcia, vice-presidente comercial e de operações do Magazine Luiza. 

Celulares são o segundo tipo de produto mais comprado pela internet no Brasil. A categoria “Telefonia/celulares” respondeu por 18,2% dos pedidos de e-commerce feitos em 2018, ficando atrás apenas da categoria “Eletrodomésticos”, que teve 19,6% dos pedidos, segundo o relatório WebShoppers, da eBit. No Brasil, cerca de 4% das vendas são feitos pela internet; mas, na região Sudeste, o e-commerce representa 60% das vendas.

Segundo Garcia, os celulares são hoje a categoria que representa a maior parte das vendas do Magazine Luiza, incluindo e-commerce e lojas físicas.

Para justificar a ação, o Magazine Luiza afirma que um dos objetivos é levar celulares com melhor tecnologia ao maior número de clientes possível. A empresa também lembra que, embora haja 229 milhões de smartphones no Brasil (mais de um por habitante), segundo a Anatel, um terço desse total não é nem mesmo compatível com a tecnologia 4G.

Garcia afirma que outro motivo para a campanha foi uma ação parecida feita durante a Copa do Mundo do ano passado, quando a empresa ofereceu descontos na compra de televisores. No primeiro semestre de 2018, o Magazine Luiza vendeu 1 milhão de televisores, e as vendas foram em parte impulsionadas pela campanha, segundo o vice-presidente comercial.

A ação é mais um exemplo do bom diálogo entre lojas físicas e e-commerce do Magazine Luiza, que vem se mostrando um case de sucesso nessa integração. A empresa vem de anos particularmente positivos, com uma revolução comandada pelo herdeiro e presidente do grupo, Fred Trajano, que fez as ações subirem mais de 15.000% desde dezembro de 2015.

O grupo se prepara para, no futuro, enfrentar uma concorrência cada vez mais forte, que pode incluir uma presença cada vez maior da varejista norte-americana Amazon no Brasil. Com o intuito de aumentar a presença em todo o país, a varejista também deve abrir, no segundo semestre, mais de 50 lojas nas regiões Norte e Nordeste do país.

O Magazine Luiza também anunciou em abril a compra da varejista Netshoes, que atua só no e-commerce com forte presença em artigos esportivos e moda, por 62 milhões de dólares. A ver que ações de marketing a varejista vai encampar para ganhar tração no novo segmento.



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