Um grupo de pesquisadores, com base em avaliações da Antárctica, apontou que as luas oceânicas do Sistema Solar podem ser habitáveis e as provas disso podem estar em suas superfícies congeladas.
Anteriormente, robôs subaquáticos haviam realizado medições nas plataformas de gelo na Antártica que revelaram uma ligação entre a variação na espessura do gelo e a temperatura da água abaixo dele. As observações revelaram que a costa gelada da Antártica e o oceano abaixo dela, interagem em um processo conhecido como bombeamento de gelo.
- A água líquida está sujeita diferentes níveis de pressão, que variam com a quantidade de gelo acima dela;
- Em locais onde a plataforma é mais espessa, a pressão é maior e o ponto de congelamento menor;
- Isso significa que o gelo submerso eventualmente pode derreter;
- Pela água liberada do derretimento ser mais quente e menos densa, ela fluiria para cima e voltaria a congelar mais perto da superfície da camada de gelo.
Esse bombeamento de gelo resulta em texturas e composições únicas que influenciam a distribuição de habitats no gelo da Terra.
No estudo, publicado recentemente no Journal of Geophysical Research, pesquisadores da Universidade Cornell levantaram a hipótese: e se essas observações pudessem ser aplicadas a luas oceânicas do Sistema Solar.
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Habitabilidade das luas oceânicas
Acredita-se que se as variações de espessura do gelo dessas luas pudessem ser medidas, mais informações poderiam ser descobertas acerca da crosta de gelo desses mundos e dos oceanos abaixo dela, como a temperatura da água e o potencial de habitabilidade desses satélites.
Isso nos dá outra ferramenta para tentar descobrir como funcionam esses oceanos. E a grande questão é: as coisas vivem lá, ou poderiam?
Britney Schmidt, principal autora do estudo, em comunicado
Acredita-se que algumas das luas do Sistema Solar, como Encélado de Saturno ou Europa e Ganimedes de Júpiter, abrigam enormes oceanos abaixo de sua crosta gelada, alguns deles podendo apresentar condições favoráveis para que organismos sobrevivam. No entanto, detectar vida abaixo da crosta gelada pode ser muito difícil, visto que elas podem ter cerca de 16 quilômetros de espessura.
Nos próximos anos, algumas missões se dirigirão para esses mundos, como a Clipper da NASA, que deverá ser lançada no final deste ano. Com seus instrumentos, elas poderão fornecer informações importantes acerca destes mundos, como dizer se o processo de bombeamento de gelo também acontece por lá.
Há uma ligação entre a forma da camada de gelo e a temperatura do oceano. Esta é uma nova maneira de obter mais informações sobre medições de camadas de gelo que esperamos conseguir para Europa e outros mundos.
Britney Schmidt
Compreender como a temperatura e a espessura do gelo influenciam essas luas oceânicas, ajudará os pesquisadores a mapear a circulação do oceano e revelar informações sobre sua habitabilidade.
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