Diante da riqueza alimentar do Estado de São Paulo, um grupo liderado pelo editor Daniel Nunes Gonçalves se propôs a mapear produtores e iniciativas ligadas à gastronomia. Entre julho e setembro deste ano, a equipe percorreu 5 000 quilômetros e chegou a 35 nomes selecionados pela curadora Fernanda Cunha, também uma das expedicionárias da boa mesa. Os outros dois integrantes, o fotógrafo Adriano Fagundes e o jornalista Xavier Bartaburu, registraram personagens e empresas em belas fotos e textos saborosos que compõem Paisagens Gastronômicas — São Paulo (69,90 reais, 200 páginas). O lançamento, só para convidados, está marcado para quarta (27), às 19 horas, no Galpão Isso É Café, em Santa Cecília. O livro poderá ser adquirido a partir dessa data pelo site paisagensgastronomicas.com.br.
Essa é a segunda obra publicada pela Same Same, editora de Gonçalves. A anterior também tinha a culinária como tema e tratava do “maior restaurante do mundo”, montado na Olimpíada de 2016 para atender todos os atletas participantes da competição, sediada no Rio de Janeiro. “O livro foi encomendado pela empresa responsável pelo catering da Vila Olímpica. Desta vez, contamos com uma lei de incentivo do governo do estado e tivemos o patrocínio de uma rede de supermercados”, diz o jornalista, que é conhecido pela atuação no segmento de turismo e já foi editor de VEJA SÃO PAULO. “O foco da editora é o universo da diversidade cultural, viagens e lifestyle.”
“E o que são bons ingredientes sem os seus produtores?” é a pergunta que faz o autor do prefácio, o produtor cultural Felipe Ribenboim, e está respondida nas páginas de Paisagens Gastronômicas. Nelas, encontram-se muitos insumos encomendados por alguns dos melhores restaurantes da capital, entre eles o D.O.M., no Jardim Paulista, o Jiquitaia, na Consolação, e o Bar da Dona Onça, no centro, mas que podem ser consumidos em casa.
Cada vez mais procurados, os vegetais orgânicos aparecem na abertura do volume representados pela Sta. Julieta Bio, uma Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA), com lavradores espalhados pelos municípios de Leme e Pirassununga. Para obter hortaliças livres de agrotóxicos, basta fazer a assinatura de uma cesta pelo link tinyurl.com/y3xct4kd, que pode ser retirada em três pontos da cidade, entre eles a Escola Quintal do João Menino, na Vila Madalena. Nesse endereço, o pacote mensal com cinco tipos de legumes custa 160 reais; com nove, o valor sobe para 240 reais.
Em meio a tantos exemplos, vale conhecer a farinha de milho da Fecularia Nossa Senhora das Brotas, elaborada em Lindoia há mais de seis décadas pela família Bragato. Mas não é preciso se deslocar até a cidade famosa por sua água mineral. Em pacotes de 250 gramas (13,50 reais), flocos amarelos e crocantes estão à venda na Casa Santa Luzia com o rótulo Retratos do Gosto.
Outro nome no livro, Rafael Cardoso, o Rafa Bocaina, dá nobreza à charcutaria nacional com a marca Curiango Venda e Cozinha. Ele cria porcos de raças crioulas nacionais em Silveiras para fazer linguiça, salame, guanciale, copa, culatello… “O grosso da nossa venda é para restaurantes, mas temos seguidores nas redes sociais que também compram. Parte desse público final vem à fazenda depois de fazer um agendamento. Levamos ainda os produtos para eles, que podem retirá-los em um dos restaurantes parceiros. Avisamos pelo Instagram a cada trinta dias”, diz Cardoso.
A capital também é cenário para o livro. Estão registradas iniciativas como as hortas urbanas, entre elas a cultivada no Alto da Lapa sob a liderança da nutricionista Neide Rigo, especialista em plantas alimentícias não convencionais (PANCs), e a que está sobre o telhado do Shopping Eldorado, adubada com a compostagem de resíduos de alimentos da praça de alimentação e cuja finalidade é distribuir as verduras entre os funcionários do centro de compras.
Na cidade tão imensa, há uma zona rural distante 40 quilômetros do centro. Na região de Parelheiros, encontra- se uma miríade de pequenos produtores, quarenta dos quais fazem parte da Cooperapas. Por sua importância no plantio de orgânicos, a cooperativa agroecológica não só mereceu estar estampada no livro como foi capa da Vejinha em março de 2018.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 27 de novembro de 2019, edição nº 2662.
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