Livro de fotógrafo reúne skatistas em paredes descascadas calçadas e estreitas da periferia

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Foi lá do Jardim das Vertentes, na beira da Rodovia Raposo Tavares, que Renato Custódio, hoje com 40 anos, subiu pela primeira vez em um tubarão e surfou pelo cimento rachado das calçadas da Zona Oeste. Não era sobre o mar azul, mas no cinza, com um skate de shape de bico pontiagudo, dos primórdios do esporte nos anos 80. O fotógrafo foi operador de máquina de xerox, atendente de telemarketing e programador de software até se matricular em rádio e TV na Anhembi Morumbi, nos anos 2000. Neste mês, lança o livro Jardim, que reúne 92 páginas de fotografias com doze skatistas que toparam explorar a periferia em busca de obstáculos urbanos para a manobra perfeita: os chamados picos.

A obra mescla imagens captadas ao longo de três anos, com registros das calçadas estreitas, paredes descascadas, fios, postes e ruas carentes de árvores, mas curiosamente lar de bairros que começam com a palavra “jardim”. “O skate está em uma constante busca pelo não explorado. Tanto a manobra que nunca foi dada em lugares clássicos quanto a manobra clássica que nunca foi executada em um lugar inédito”, explica Renato, que trabalhou em revistas especializadas no esporte e é representado pela Galeria Aura, localizada em Santa Cecília.

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Jardim Peri Peri, das Vertentes (onde o artista cresceu e mora) e Santos Dumont, na Zona Oeste, Jardim Elizabeth, na Zona Leste, Monte Alegre, na Zona Sul, Jardim Primavera, na Zona Norte, são algumas das regiões escolhidas para as fotografias, além de um clique em Itapecerica da Serra. São cerca de vinte bairros. Renato e os skatistas partiam pela rua em busca do pico perfeito para a execução de uma manobra ou, por vezes, o fotógrafo e o atleta se lembravam de um passeio, um meio-fio, uma mureta, que atendiam ao conceito.

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<p>foto em preto e branco de Felipe Oliveira andando com seu skate em uma parede durante manobra em rua do jardim peri peri</p> Renato CustódioDivulgação
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<p>foto em preto e branco de Felipe Oliveira deslizando em obstáculo em ladeira de frente a um mercadinho</p> Renato CustódioDivulgação
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<p>foto em preto e branco de Victor Sussekind no ar durante manobra a uma altura considerável do chão em rua residencial</p> Renato CustódioDivulgação
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<p>foto em preto e branco dividida em três. à esquerda, dois detalhes do entulho, e à direita, skatista fazendo manobra naquele local</p> Renato CustódioDivulgação
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<p>imagem de duas fotos em preto e branco: à esquerda, Henrique Crobelatti andando com seu skate em cruzamento e à direita foto de detalhe de parede, com furos possivelmente de bala</p> Renato CustódioDivulgação

A obra foi lançada com 250 cópias pela Club Del Prado, editora de Buenos Aires, Argentina, e custa 120 reais. “Onde eu moro é uma parte da cidade que é vazia de pedestres. (A obra) é um registro de como está organizada a periferia, os bairros jardim”, explica. Calçadas largas, bancos, canteiros e corrimões ficam em falta nas margens da cidade: são justamente nesses equipamentos urbanos que o skate de rua se prolifera. A pobreza urbanística afeta a qualidade de vida de quem ali mora e é um entrave para o esporte que segue se popularizando. “A fotografia de skate está normalmente no centro urbano”, diz o fotógrafo.

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O livro pode ser adquirido diretamente com Renato pelo Instagram: @renatocustodio. Felipe Oliveira, Fabio Cristiano, Marcos Azeitona, Henrique Crobelatti, Peter Volpi, Fábio Ayrosa, Alexandre Cotinz, Akira Shiroma, Fernando Denti, Victor Sussekind, Ligiane Xushine e Felipe Nery são os skatistas que protagonizam a obra.

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O fotógrafo Renato Custódio: diálogo do skate com a periferia em seu novo livro “Jardim”Renato Custódio/Divulgação

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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de setembro de 2021, edição nº 2755





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