Lava Jato prende irmãos Efromovich, da Avianca, após delação

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A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira, 19, os irmãos Germán e José Efromovich, donos do Estaleiro Ilha (Eisa) e sócios na Avianca, em uma nova fase da Operação Lava Jato. A companhia área, no entanto, não é citada nas investigações e os dois empresários ficarão em prisão domiciliar por causa da pandemia. A operação foi autorizada pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. 

Os irmãos foram delatados pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que apontou uma série de pagamentos de propinas dos Efromovich para obterem contratos de construção de navios com a subsidiária da Petrobrás, responsável pelo transporte de combustível e pela importação e exportação de petróleo e derivados.

Uma apuração interna da própria Transpetro apontou um prejuízo de 611 milhões de reais com os contratos do Estaleiro Ilha, e este foi um dos motivos para a Justiça Federal determinar o bloqueio de 651 milhões de reais das pessoas físicas e jurídicas alvos da operação.

A Polícia Federal, junto com o Ministério Público, além de cumprir os dois mandados de prisão, também cumpre seis mandados de busca e apreensão em quatro empresas do grupo nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas. A Justiça proibiu ainda que os empresários movimentem contas no exterior, realizem qualquer ato de gestão societária ou financeira em empresas no Brasil e no exterior ou qualquer novo contrato com o poder público.

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A operação marca a 72ª  fase da Lava Jato e foi batizada de Navegar é Preciso. O Estaleiro Ilha teria sido favorecido por Machado por volta de 2008, na celebração e execução de contratos para a construção de navios Panamax e embarcações de produtos. No caso dos Panamax, a própria apuração interna da Transpetro verificou que houve a entrega irregular de um dos navios e outros três sequer foram entregues. Além disso, a Transpetro teria pago dívida trabalhista que não era sua e houve adiantamentos de recursos à Eisa, garantidos pessoalmente por um dos Eframovich por meio de duas notas promissórias que nunca foram pagas.

O MPF informou que Machado contou à polícia que teria solicitado a um dos empresários que foi preso hoje o pagamento de propina equivalente a 2% do valor dos contratos. Machado ainda relatou que teria proposto um acordo de investimento em campos de petróleo no Equador, com uma cláusula de cancelamento mediante o pagamento de uma multa de 28 milhões de reais, que correspondia ao valor da propina. O delator afirmou que nunca investiu nada nos campos de petróleo e o executivo da Eisa cancelou o contrato pagando a propina disfarçada de multa por meio de 65 transferências bancárias no exterior entre os anos de 2009 e 2014. 

O Ministério Público também investiga se houve ilicitudes em outro contrato para produção de oito navios de produtos, em 2014. Machado teria feito um empréstimo para empresas dos Eframovich de 4,5 milhões de dólares por meio de offshores e depois recebido 8,4 milhões de dólares e a diferença teria sido explicada como ganho com empréstimos.



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