Lançamento de foguete coreano a partir da Base de Alcântara falha e é adiado mais uma vez

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Originalmente marcado para a segunda-feira (19) e, posteriormente, transferido para terça (20), o primeiro lançamento de um foguete privado a partir da Base de Alcântara, no Maranhão, foi reagendado para a manhã desta quarta-feira (21). No entanto, devido a uma falha ocorrida no acendimento do motor, a decolagem foi impedida.

Por essa razão, o lançamento foi novamente suspenso, ainda sem nova data prevista, segundo informações da Agência Espacial Brasileira (AEB).

Até o momento, a Innospace, empresa sul-coreana responsável pelo foguete HANBIT-TLV, ainda não se manifestou sobre o incidente. A falta de transparência da companhia, inclusive, vem sendo bastante criticada pelos usuários do Twitter que têm acompanhado a “saga”.

Na tentativa anterior, por exemplo, houve reclamação da demora no aviso de que a missão seria abortada.

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“Por favor, mantenha-nos atualizados sobre o próximo mais cedo. Ficamos esperando por muito tempo sem nenhuma informação”, diz o tweet do gerente de TI identificado como Lobato, que se descreve como um apaixonado por ciência e tecnologia.

Desta vez, não foi diferente.

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a falha no acendimento do motor, que impediu a decolagem, resultou no abortamento seguro e sem qualquer incidente do lançamento.

Ainda de acordo com o MCTI, a Innospace analisará os dados colhidos nessa operação, que envolve um tipo de propulsão híbrida, algo considerado inovador. 

“A astronáutica é plena de desafios, e seus avanços ocorrem graças ao obstinado trabalho de profissionais dedicados e instituições que se superam. Cada operação de lançamento nos ensina muito sobre equipamentos, procedimentos operacionais, segurança e desempenho. Portanto, o mais importante, no momento, é recuperar todas as informações, aprender com os testes em ambiente real e partir para novas séries de testes, até alcançar o sucesso completo. É assim que se avança. É assim que havemos de prosseguir”

Carlos Augusto Teixeira Moura, presidente da AEB

Por que a Base de Alcântara foi escolhida? 

Esta será a primeira vez desde sua inauguração, em 1º de março de 1983, que a Base de Alcântara vai sediar a decolagem de um foguete de uma empresa privada, colocando à prova o potencial do cosmódromo brasileiro para lançamentos espaciais.

Vantagens do Centro de Lançamento de Alcântara:

  • Base de lançamento mais próxima da Linha do Equador (apenas 2 graus e 18 minutos), fazendo com que os voos partindo de lá cheguem mais rápido ao espaço devido à velocidade de rotação da Terra, o que gera economia de até 30% combustível;
  • A disposição da península de Alcântara permite lançamentos em todos os tipos de órbita, desde as equatoriais (em faixas horizontais) às polares (em faixas verticais), e a segurança das áreas de impacto do mar que foguetes de vários estágios necessitam;
  • Não há tráfego marítimo e aéreo, oferecendo segurança e proteção, principalmente por estar fora de áreas residenciais;
  • O clima estável, o regime de chuvas bem definido e os ventos em limites aceitáveis tornam possível o lançamento de foguetes em praticamente todos os meses do ano;
  • Devido a essas características, é o único concorrente à altura do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

Qual é o objetivo da missão? Esse será o primeiro voo de teste suborbital para validar o motor de primeiro estágio do HANBIT-Nano, um pequeno lançador de satélites da empresa capaz de transportar uma carga útil de até 50kg para uma órbita polar (que cruza os polos do planeta), a aproximadamente 500 km de altitude.

De acordo com o site SpaceNews, a Innospace assinou um acordo com o Departamento Brasileiro de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) para lançar o Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), projeto que tem o apoio da AEB e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), sob a supervisão da Força Aérea Brasileira.

A carga é um dispositivo de navegação que usa um computador e sensores de movimento e de rotação para calcular continuamente a posição, a orientação e a velocidade de um objeto em movimento, sem a necessidade de referências externas. 

Segundo o porta-voz do Innospace, Kim Jung-hee, a carga não será implantada no espaço nesse lançamento de teste. “O lançamento do teste permitirá que a DCTA verifique se o sistema de navegação inercial opera adequadamente em condições específicas, como vibração, choque e alta temperatura que ocorrem em todo o processo desde a decolagem e durante o voo”, disse ele. “Se o lançamento de teste do HANBIT-TLV for bem-sucedido, começaremos a nos preparar para um lançamento de teste de Hanbit-Nano”.

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Futuros lançamentos espaciais no Brasil

No ano passado, o governo federal e a Força Aérea Brasileira (FAB) divulgaram que quatro empresas estrangeiras foram selecionadas para operar em Alcântara. Dessas, apenas uma já firmou acordo, além da Innospace: a canadense C6 Launch Systems, que deve começar a operar em meados de 2023.

A Virgin Orbit, do bilionário Richard Branson, está ainda em fase de negociações, bem como a Orion Applied Science & Technology (Orion AST), dos EUA, que pretende fazer uso do nosso espaçoporto a partir de outubro do ano que vem.

Saiba mais sobre a Base de Alcântara neste especial preparado pelo Olhar Digital.

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