Belo Horizonte — A Justiça de Minas Gerais entrou com um pedido de cautelar, neste sábado (26), para bloquear 5 bilhões de reais da empresa Vale, em resposta ao rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
Segundo Antônio Sérgio Tonet, procurador-geral da Justiça do estado, o valor é referente aos danos ambientais causados pela tragédia.
No entanto, o procurador disse que ainda não houve deferimento sobre o pedido. “Ainda não tenho resposta sobre esse pedido mas ele já está em andamento”, afirmou, em entrevista coletiva nesta tarde.
Essa nova cautelar se junta ao pedido de bloqueio de 1 bilhão de reais feito pelo governo de Minas Gerais, que foi acatado na noite desta sexta-feira (25), em caráter de urgência.
“Também fizemos pedido em relação a questões humanitárias que pode sair ainda hoje”, acrescentou.
De acordo com o procurador, a Advocacia-Geral do Estado também entrou com uma liminar contra a empresa.
“A Advocacia-Geral do Estado conseguiu uma liminar para acautelar 1 milhão de dólares para medidas iniciais. O Ministério Público de Minas Gerais também entrou com um pedido, pela comarca de Brumadinho, no valor de 5 bilhões de reais“, afirmou.
O MP de Minas Gerais já estava investigando a barragem que se rompeu, pedindo laudos que atestassem a segurança para a população e o meio ambiente.
No final de novembro, a Vale apresentou uma perícia de uma empresa terceirizada que atestava a segurança daquela barragem.
“Diante desse fato, o MP não arquivou a matéria. Alguém errou. A apuração criminal está a cargo da polícia civil e se os suspeitos estiverem embaralhando as investigações ou houver risco de fuga podemos pedir a prisão deles”, disse Tonet.