Judeus ultraortodoxos atacam mulheres que desejam rezar em Jerusalém

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Milhares de jovens judeus ultraortodoxos atacaram nesta sexta-feira um grupo de mulheres que defende a igualdade do direito a rezar no Muro das Lamentações em Jerusalém.

A organização Mulheres do Muro milita há décadas pelo direito de usar, como os homens, o xale de oração e ler, coletivamente e em voz alta, a Torá diante do Muro das Lamentações, o local mais sagrado para a religião judaica.

Nesta sexta-feira, as ativistas foram cercadas por milhares de pessoas, relatou uma das porta-vozes do grupo, Tzaphira Stern.

“Estava ficando muito, muito perigoso, muio violento”, disse.

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“Havia 10.000 pessoas, foi realmente assustador, tivemos que sair de lá”, completou.

Duas pessoas caíram depois que foram empurradas e tiveram que receber assistência, disse a porta-voz.

A polícia retirou o grupo de mulheres, que foram ofendidas e atingidas por cusparadas.

As forças de segurança de Israel acusaram algumas militantes de comparecimento ao local com “a intenção de confrontação e provocação”.

Diante do Muro das Lamentações, homens e mulheres rezam de modo separado. Na prática as mulheres podem usar o xale de oração, mas o rabinato do muro proíbe que carreguem a Torá, explicou Stern.

O grupo organiza todos os meses uma oração, que é perturbada com frequência por fiéis hostis, em particular entre os ultraortodoxos.

A oração desta sexta-feira coincidia com o 30º aniversário da criação do movimento e com as celebrações pelo Dia Internacional da Mulher.

Os adversários ultraortodoxos se mobilizaram e transportaram milhares de estudantes do Ensino Médio, procedentes das colônia da Cisjordânia, território vizinho ocupado por Israel, informou Stern.

“Para preservar a ordem pública, a polícia separou as duas partes”, afirma um comunicado oficial.



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