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Após ficarem sem atendimento de ambulâncias, os mais de 100 000 moradores de Paraisópolis, na Zona Sul, ganharam novamente os serviços de saúde na região. Contratada por 54 000 reais mensais no início da pandemia, em março, a iniciativa era bancada pela União de Moradores local, por meio de doações. No início, eram três ambulâncias, triplicando o valor da conta.
“Há nove meses contratamos o serviço porque o Samu não chega em Paraisópolis”, conta Gilson Rodrigues, presidente da associação, que também montou casas de acolhimentos para moradores do local. “Tivemos um caso recente de óbito por conta dessa falta de atendimento e isso acontece todo dia.” Até agora, já foram feitos mais de 10 000 atendimentos, mas no sábado, segundo Rodrigues, o serviço precisou ser interrompido por falta de recursos. “Decidimos entrar com uma ação na Justiça contra a prefeitura pra realizar o serviço e enquanto corre o processo conseguimos ajuda do projeto Bem Faz Bem, da JBS, para manter as três ambulâncias por mais dois meses.”
Além de bancar as ambulâncias, a empresa e a organização planejam duas medidas definitivas: a compra de uma nova ambulância e a construção de uma clínica para manter a estrutura funcionando no local. “Para os próximos dois meses, abrimos uma campanha para doações voltadas a esse projeto”, adianta Rodrigues. As doações podem ser feitas pelo site do G10 Favelas.
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