Itaú vê unidade de cartões Rede lucrativa após decisão de zerar taxas

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Após o movimento do Itaú, as ações de empresas de meios de pagamentos como a Cielo, a PagSeguro Digital e a StoneCo despencaram

Por
Reuters

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19 abr 2019, 17h28 – Publicado em 19 abr 2019, 17h27

SÃO PAULO (Reuters) – A Rede, unidade de cartões do maior banco privado do Brasil, o Itaú Unibanco, continuará sendo lucrativa, mesmo após a decisão de zerar as taxas de antecipação de recebíveis e pagar os comerciantes que usam suas máquinas em dois dias, disse um executivo da companhia na noite de quinta-feira.

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O presidente-executivo da Rede, Marcos Magalhães, afirmou à Reuters que o Itaú decidiu proceder com os pagamentos aos comerciantes em apenas dois dias em comparação a um prazo normal de 30 dias, a fim de reduzir a diferença existente em relação às práticas internacionais. A decisão começa a valer em 2 de maio e inclui taxa zero para antecipação de recebíveis.

O executivo, sem entrar em detalhes, afirmou que o Itaú espera expandir os negócios com clientes atuais e atrair novos comerciantes para adicionar receitas e compensar sua nova política de antecipação de recebíveis. Ele acrescentou que não haverá mudança de preço em outros serviços prestados pela Rede para os comerciantes.

Após o movimento do Itaú, as ações de empresas de meios de pagamentos como a Cielo, a PagSeguro Digital e a StoneCo despencaram, conforme seus lucros tendem a cair se decidirem seguir a nova prática da Rede para reter seus clientes.

Em carta aos acionistas, o presidente-executivo da Stone, Thiago Piau, disse que os mais recentes incentivos ofertados pela concorrência não mudam a estratégia da Stone e que segue confiante na força do modelo de negócios e na lucratividade futura da companhia.

“Não acreditamos que os clientes escolham a Stone apenas baseados em preço, mas sim por causa da proposta de valor que a empresa oferece… Ainda é muito cedo para discutir como essas novas ofertas da concorrência podem impactar nosso negócio”, afirmou Piau no documento.

Magalhães, da Rede, afirmou que a decisão do Itaú Unibanco não é uma promoção de vendas por tempo limitado, mas um novo modo de trabalhar com pequenas e médias empresas. O segmento corresponde a 94 por cento da carteira de clientes do Itaú.

Na quinta-feira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) enviou ao Itaú Unibanco um ofício pedindo explicações sobre o anúncio feito pela Rede até 3 de maio. Magalhães se recusou a comentar sobre o assunto.





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