Dois agentes penitenciários que trabalhavam no Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, são suspeitos de terem permitido a entrada de quentinhas com churrasco para um preso da unidade. O caso foi registrado na 146ª DP (Guarus), que está investigando o episódio.
De acordo com o Registro de Ocorrência feito na delegacia, na noite da última terça-feira, ao chegar no presídio, o coordenador das Unidades Prisionais do Norte e Noroeste do estado, Afonso Renato Rocha Neto, se deparou com dez quentinhas na portaria da unidade. Cinco delas tinham mais de cinco quilos de churrasco pronto e outras cinco, mais de três quilos de carne crua.
De acordo com depoimento de Afonso, o agente responsável pela portaria do presídio, Ricardo da Silva Souza, ao ser questionado por ele sobre as quentinhas, afirmou que elas seriam entregues ao preso José Maurício Santos Ferreira a pedido do chefe de turma, o inspetor Rodrigo Lima Vieira.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu uma sindicância para investigar os fatos e um processo disciplinar para apurar a conduta do preso. Ouvidos nesse procedimento, Ricardo negou saber quem receberia as quentinhas. Vieira também disse desconhecer a procedência e o destino que a comida teria.
Na delegacia, o preso não quis prestar depoimento. Os dois agentes penitenciários ainda serão chamados para depor. José Maurício, que é empresário, está preso acusado de ter planjeado o sequestro do amigo, o também empresário Cristiano Tinoco, em Campos, em dezembro do ano passado.
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