A indústria de fundos de investimento brasileira fechou 2019 com 5,02 trilhões de reais em patrimônio, no maior nível histórico. Na comparação com dezembro de 2018, o avanço foi de 15,3%, segundo levantamento da Economatica. Em dólares, o setor se mantém acima de 1 trilhão de dólares desde dezembro de 2016.
Considerando os dados mensais, o melhor registro do patrimônio em dólares desde dezembro de 2012 aconteceu em julho do ano passado, com 1,27 trilhão de dólares. O estudo considera todos os fundos que estiveram ou estão presentes no mercado desde dezembro de 2010 até dezembro de 2019.
Já o valor de mercado de todas as empresas listadas na B3, a bolsa de valores brasileira, era de 4,5 trilhões de reais em dezembro de 2019, abaixo dos 5,02 trilhões de reais da indústria de fundos, segundo o levantamento da consultoria. “Até agosto de 2014, os dois mercados tinham um tamanho muito próximo, abrindo o spread a partir desta data”, informa a análise.
Com a queda da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que está em 4,5% ao ano, no seu menor nível da história, uma maior fatia de investimentos foi direcionada para renda variável (ações, fundos multimercados etc.). Os recursos alocados em renda variável representaram 10,1% do total, a maior fatia desde março de 2013. Em dezembro, o total investido em renda variável somou 508,9 bilhões de reais. Trata-se do maior valor nominal (isto é, sem considerar a inflação) já registrado pela indústria de fundos do país.
Já a alocação em renda fixa (títulos públicos, debêntures, depósitos a prazo de instituições financeiras) representou 74,3% do total do patrimônio da indústria. Os ativos de renda variável (ações, BDR’s, Unit´s) representaram 10,1% do patrimônio da indústria. Na distribuição dos ativos de renda fixa, os títulos públicos tinham 44,4% do patrimônio da indústria em dezembro – o maior percentual foi registrado em março de 2018, com 46,3%.
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