Clima favorável às negociações comerciais entre EUA e China e avanço forte da Petrobras levam bolsa a subir 1,13%; dólar fecha aos R$ 4,09, com alta de 0,3%
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 1,13% nesta quinta-feira, 7, renovando a sua máxima histórica de fechamento, ao encerrar o pregão aos 109.580,57 pontos. O clima mais favorável sobre as negociações comerciais entre os EUA e a China e avanço forte da Petrobras contribuíram para a valorização dos papéis.
A expectativa é que um acordo comercial provisório entre os dois países inclua uma promessa de Washington de retirar as tarifas marcadas para entrar em vigor em 15 de dezembro sobre cerca de 156 bilhões de dólares em importações chinesas. Na visão do gestor Marco Tulli, da corretora Coinvalores, as últimas notícias sugerem alguma calmaria na guerra comercial, o que favorece a trajetória de ganhos nas bolsas no exterior e também no Brasil.
As ações da Petrobras subiram 4,01% (preferenciais) e 3,21% (ordinárias), tendo de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no exterior, com agentes digerindo o desfecho dos leilões de petróleo realizados nesta semana e repercutindo a possibilidade de discussões com vistas a acabar com o modelo de partilha na exploração de petróleo no país.
“Ao mesmo tempo, a temporada brasileira de balanços também mostrou bons resultados”, acrescentou Tulli. Entre os desempenhos trimestrais que repercutiram no mercado nesta sessão, Ultrapar figurou entre as maiores altas, após resultado acima do esperado entre julho e setembro.
Após a frustração na expectativa de entrada de recursos no país com o leilão do excedente da cessão onerosa, realizado na quarta-feira, 6, o mercado tenta encontrar um novo patamar para o dólar. Segundo operadores, esta quinta foi de ajustes técnicos para a moeda, que deve seguir mais valorizada, acima dos 4, por razões sazonais. No fim do ano, é comum o aumento da procura por dólares por parte de empresas e fundos, que enviam remessas ao exterior.
No fim do dia, a moeda terminou cotada em 4,09, com alta de 0,3% e o maior valor desde 21 de outubro. A moeda americana chegou a ter queda ante o real pela manhã, influenciada por um exterior favorável, com mais apetite a risco. O bom humor externo, no entanto, não foi suficiente para segurar um segundo dia de reposicionamento de investidores.
(Com Reuters)
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