Hungria quer aplicar sanções ao Facebook e Twitter

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Redes sociais como o Facebook estão na mira de mais um país: a Hungria. A ministra da Justiça, Judit Varga, levantou a possibilidade de aplicar sanções à plataforma após relatar possíveis restrições de visualizações em seus conteúdos na rede. A espécie de desabafo foi publicada na página da ministra na própria rede social nesta segunda-feira (18). Ela também citou o Twitter.

No post, Judit disse ter marcado reunião extraordinária com o Comitê de Liberdade Digital do país para tratar do assunto. Apesar de ter assumido que as regulamentações devem ser feitas no âmbito da União Europeia, a ministra também afirmou que “devido aos abusos sistemáticos, no entanto, podemos precisar agir mais cedo”.

Além disso, a ministra utilizou o termo “shadowban” para se referir ao ato de os provedores de mídia social secretamente restringirem a visibilidade e o acesso do perfil do usuário para fins políticos, inclusive sem o conhecimento do internauta sobre isso.

Judit ainda acrescentou sobre práticas de comércio desleal e falou sobre a possível aplicação de penalidades nesse sentido. A ministra possui aproximadamente 120 mil seguidores na plataforma.

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A declaração também vem ao encontro do anúncio da aliada Polônia, que mostrou apoiar a regulamentação mais firme frente às big techs.

Motivações

Segundo Judit, o Facebook tem restringido o número de visualizações em seus conteúdos, que frequentemente possuem teor conservador, de direita e cristão. “Para reduzir seu alcance, o Facebook também limita a visibilidade das opiniões cristãs, conservadoras e de direita. Eu também tenho experiência pessoal”, disse a ministra na publicação.

Alexandros-Michailidis.Shutterstock Hungria quer aplicar sanções ao Facebook e Twitter
Judit Varga declarou possibilidade de firmar entendimento para penalizar redes sociais. Créditos: Alexandros Michailidis/Shutterstock

Em dezembro de 2020, Judit já havia reclamado do mesmo aspecto após os algoritmos do Facebook terem diminuído visualizações de um post seu sobre o papel proeminente das mídias sociais na eleição de 2022.

O mesmo ocorre com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orba, que embora tenha direcionado a mídia pública do país a seu favor, reclama de também ter conteúdo restringido pelo Facebook. Orban possui mais de um milhão de seguidores na rede social, o que representa pelo menos 10% de toda da população húngara.

Fonte: Reuters/hvg.hu

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