Huawei apresenta plano para reverter sanções dos EUA

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Esta terça-feira é dia do contra-ataque para a gigante de tecnologia Huawei, que entrou na lista de companhias indesejáveis do presidente Donald Trump. A empresa tornará público os processos judiciais que está movendo contra o governo norte-americano.

No último mês, a Huawei, que também disputa mercado com a Samsung e a Apple, já havia informado que apresentou uma ação legal no Texas contra o governo dos Estados Unidos, que proibiu as agências federais de comprar equipamentos e serviços do grupo. Hoje, o diretor jurídico da marca tornará público os planos da empresa para reverter as sanções já impostas, o que deve ser feito através de uma batalha judicial que pode se arrastar por meses e prejudicar ainda mais os lucros.

Segundo a previsão de analistas de mercado dos grupos Fubon Research e Strategy Analytics, caso as sanções de Trump persistam, apenas em 2019, as vendas de smartphones da Huawei, que hoje é segunda maior fabricante de smartphones do mundo em volume, podem despencar até 24%. Os EUA ainda proibiram a Huawei de participar da instalação em seu território do 5G, a quinta geração de internet móvel, alegando que a China poderá utilizar os equipamentos do grupo para espionagem.

Na mesma maré em que Washington tenta convencer países aliados a adotar medidas semelhantes, duas das maiores operadoras de telefonia móvel do Japão anunciaram que vão atrasar o lançamento dos novos modelos fabricados pela Huawei. Na Grã-Bretanha, a operadora Vodafone também suspendeu a compra de telefones 5G da marca. Segundo um alerta da consultoria Eurasia Group, “o pior cenário para a Huawei seria um corte total do acesso à tecnologia americana”. Embora isso ainda não tenha acontecido, as sanções impostas à marca, que não pode mais usar componentes e serviços de patente norte-americana, o vai desde processadores da Intel até o sistema operacional Android, pode ficar completamente isolada. 

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Na outra mão, nem só a Huawei pode perder nessa história. Se a China devolver na mesma moeda e impuser sanções ainda mais fortes aos Estados Unidos, empresas americanas que compram componentes na China ou que vendem para o mercado chinês também podem ser amplamente afetadas. Um relatório do banco Goldman Sachs informou que a Apple, concorrente direta da Huawei, poderia ter seus lucros reduzidos em 29% caso a China proibisse a venda de produtos da empresa no país. Novos capítulos na disputa retórica para mostrar quem pode mais devem ser vistos nas próximas semanas. 



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