Um homem de 27 anos, morador da comunidade de Pedra Rasa, na Zona Norte do Rio, foi morto na madrugada de sexta-feira, quando voltava para casa, depois do trabalho. Pablo Henrique da Silva foi baleado quando estava chegando à comunidade, que fica entre os bairros de Guadalupe e Costa Barros. A amiga Stefane Dias da Silva, de 29 anos, última pessoa a falar com Pablo, pelo telefone, minutos antes de ele ser alvejado, contou que eles conversaram justamente sobre a violência na região.
– Quando a gente começou a se falar, Pablo ainda estava no BRT. Falamos sobre um tiroteio entre as facções de Costa Barros e do Chapadão, do estado de guerra que a gente vem vivendo. Então, o Bope entrou, e houve tiroteiro. Pablo ia ajudar a me preparar para uma entrevista de emprego. Então, a mãe dele recebeu um telefonema dizendo que um rapaz todo de preto tinha levado um tiro, e ela sabia que era o Pablo, porque ele usa uniforme dessa cor.
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A moça ainda disse que o amigo, que trabalhava em um quiosque de telefone celular, sempre andava com fone de ouvido. E que segundo testemunhas, Pablo levou um tiro nas costas e nuca. Pablo foi enterrado neste sábado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
– Soubemos que ele havia ido para o Carlos Chagas e segui com a mãe dele para o hospital. Lá nos informaram que Pablo já chegou morto – contou ela, que chorando muito, disse que todos estão desolados: – A gente está sem entender o que aconteceu. Pablo era trabalhador, era quem sustentava a casa, cuidava da mãe e de uma sobrinha. Menino de luz, que foi embora da maneira mais estúpida do mundo.
A revolta também tomou conta do patrão do rapaz, Jonathan Benitez. Diretor executivo da empresa em que Pablo trabalhava, ele contou que o funcionário tinha um futuro brilhante.
– Ele estava há dois anos com a gente e era gerente de uma das nossas lojas, comandava uma equipe. Era um rapaz estudioso, com potencial enorme, que começou como vendedor, aos 16 anos, e se tornou gerente de loja aos 27. Pablo não carregava um fuzil, estava uniformizado, com um fone de ouvido e uma mochila. Estamos todos chocados e se depender de mim, ele não vai virar estatística – garantiu Benitez, que está dando todo apoio à família: – O departamento jurídico da empresa está cuidando para que a família tenha todo respaldo, esteja coberta na busca de seus direitos, na busca pela Justiça.
Com um lamento na voz, Stefane teme por todos aqueles que moram em comunidades.
– Hoje foi o Pablo, amanhã pode ser qualquer um daqui, da minha família… Isso não é normal, não pode ser tratado dessa forma. Sei que existe a justiça de Deus, mas há leis aqui na Terra que não estão sendo cumpridas. E, nós, inocentes, vamos morrendo pelo caminho. Até quando… Até quando?
Em nota, a Polícia Militar disse que “na noite desta quinta-feira, grupos de criminosos rivais efetuaram disparos de arma de fogo entre os Complexos de Comunidades do Chapadão e Pedreira, em Costa Barros. Policiais do 41º BPM (Irajá) realizaram o cerco preventivo no entorno das comunidades. Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) foram deslocadas para estabilizar a região. Durante as incursões na madrugada de sexta-feira, os policiais socorreram um homem que foi encontrado ferido. Ele foi encaminhado ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. O fato foi registrado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque)”.
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