Por causa da pobreza arquitetônica das últimas décadas, muitos paulistanos temem paredões de prédios geminados, tão comuns em Nova York ou Buenos Aires. Mas, como as avenidas São Luís e Vieira de Carvalho demonstram, antes uma cidade compacta e bonita que o paliteiro de espigões afastados no Morumbi e no Itaim.
Qualidade de fachada (e todo o resto) é o que se vê no Edifício Corinto, de 1962, parte de um harmonioso paredão na Alameda Rio Claro, com vistas para a futura Cidade Matarazzo e até uma nesga do Masp, na Paulista. Colado não significa apertado: com janelões de ponta a ponta, na fachada e nos fundos, recebe mais sol que muitos prédios isolados onde a vista se resume à janela do vizinho.
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O Corinto é um dos melhores edifícios na carreira de setenta anos da Construtora Stuhlberger, criada em 1950 pelos irmãos e engenheiros David e Maks Stuhlberger, ambos formados pela Poli-USP. Os dois chegaram da Polônia ainda crianças, em 1929, ano em que o Martinelli ficou pronto e São Paulo ainda não tinha 1 milhão de habitantes. Começaram fazendo predinhos de três a seis andares para a comunidade judaica no Bom Retiro. A explosão econômica dos anos 1950 deixou a empresa mais ambiciosa. Outro dos prédios marcantes da Stuhlberger é o Manon (1961), projetado pelo arquiteto Victor Reif, na Rua Sergipe — nessa mesma via, Reif projetou outros quatro prédios (uma Reiflândia), e morava ali perto, na Rua Itacolomi. Professor no Mackenzie, Reif também era polonês de origem, mas só chegou ao Brasil em 1950, depois da experiência aterradora de ter ficado em um campo de concentração e ser obrigado a usar seus dotes de engenheiro-arquiteto para trabalhar para os nazistas. “Reif foi um dos maiores com quem já trabalhei, sabia tudo”, lembra David, o veterano construtor, que completa 95 anos em 7 de setembro.
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David Stuhlberger, que faz 95 anos em setembro: sete décadas de construção
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 29 de julho de 2020, edição nº 2697.
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